Há cerca de 65 milhões de anos, uma gigantesca catástrofe pôs termo ao reinado dos dinossauros na Terra. Um asteróide com pelo menos 10 km de diâmetro colidiu com o que hoje é o norte da península do Iucatão, esculpindo uma cratera com cerca de 180 km de diâmetro e provocando profundas alterações climáticas que se perpetuaram por alguns milhares de anos. Em 2007, um grupo de cientistas encontrou fortes evidências de que o responsável por este dramático episódio seria um dos fragmento resultante da violenta colisão que deu origem aos asteróides da família Baptistina, um grupo de objectos com composição e órbitas semelhantes. O estudo baseava-se na determinação da idade dos seus membros e da evolução das suas órbitas pela análise da respectiva reflectividade na banda do visível, e concluía que a fragmentação cataclísmica deveria ter ocorrido há 160 milhões de anos.
Representação artística da fragmentação do objecto que deu origem à família Baptistina.
Crédito: NASA/JPL-Caltech.
Dois novos estudos vêm agora ilibar 298 Baptistina e a sua família. O primeiro resulta das observações levadas a cabo pelo observatório WISE em 1.056 membros deste grupo de asteróides. Baseados na análise da radiação infravermelha reflectida pela superfície destes objectos (um método muito mais preciso na determinação das suas características físicas), cientistas da missão concluíram que a fragmentação do asteróide progenitor deverá ter ocorrido há 80 milhões de anos, ou seja, muito depois do que havia sido estimado anteriormente, o que não daria tempo suficiente para a migração dos fragmentos para as proximidades da Terra (ver mais sobre este assunto aqui).
Um outro estudo recente sugere a existência de uma grande diversidade de composições mineralógicas entre 16 dos membros da família Baptistina, resultante de possíveis contaminações provenientes de objectos com origem nas famílias Flora e Vesta. Aparentemente, esta particularidade distorceu a classificação destes objectos, criando uma relação artificial com a assinatura geológica encontrada na fronteira K-T.
Fica assim por saber a identidade do asteróide que tramou os dinossauros.
Representação artística da fragmentação do objecto que deu origem à família Baptistina.
Crédito: NASA/JPL-Caltech.
Dois novos estudos vêm agora ilibar 298 Baptistina e a sua família. O primeiro resulta das observações levadas a cabo pelo observatório WISE em 1.056 membros deste grupo de asteróides. Baseados na análise da radiação infravermelha reflectida pela superfície destes objectos (um método muito mais preciso na determinação das suas características físicas), cientistas da missão concluíram que a fragmentação do asteróide progenitor deverá ter ocorrido há 80 milhões de anos, ou seja, muito depois do que havia sido estimado anteriormente, o que não daria tempo suficiente para a migração dos fragmentos para as proximidades da Terra (ver mais sobre este assunto aqui).
Um outro estudo recente sugere a existência de uma grande diversidade de composições mineralógicas entre 16 dos membros da família Baptistina, resultante de possíveis contaminações provenientes de objectos com origem nas famílias Flora e Vesta. Aparentemente, esta particularidade distorceu a classificação destes objectos, criando uma relação artificial com a assinatura geológica encontrada na fronteira K-T.
Fica assim por saber a identidade do asteróide que tramou os dinossauros.
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