Hottah, um afloramento rochoso com interessantes conglomerados fotografado pelo Curiosity a 15 de Setrembro de 2012 (sol 39 da missão).
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
A equipa da missão Curiosity anunciou há poucas horas uma supreendente descoberta no caminho para Glenelg. Expostos na paisagem entre o monte Sharp e as montanhas da orla norte da cratera Gale, encontram-se alguns afloramentos rochosos que os cientistas pensam ser o que resta de um antigo leito de riacho. As evidências estão contidas em camadas de conglomerado com depósitos cimentados de fragmentos rochosos arredondados, semelhantes às pedras roladas encontradas em pequenos cursos de água pouco profundos na Terra.
Comparação dos fragmentos rochosos observados junto a um dos afloramentos rochosos da cratera Gale, com rochas semelhantes encontradas na Terra (dimensões de cada fragmento entre 0,5 a 1,0 cm).
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS/PSI.
Pelo tamanho e forma dos fragmentos, os cientistas da missão puderam deduzir que no passado a água fluiu vigorosamente nestes locais, a uma velocidade máxima de 1 metro por segundo, e com uma profundidade até cerca de 50 cm. A forma arredondada de algumas das pequenas rochas indica que foram transportadas de uma enorme distância, provavelmente desde o cimo das montanhas da orla norte de Gale. Esta possibilidade é suportada pela existência de um canal bem deliniado na vertente sobranceira ao local de amartagem do Curiosity, que se abre a jusante para um extenso leque de aluvião. Imagens obtidas pela Mars Reconnaissance Orbiter mostram uma abundância de canais no seio do leque de aluvião, o que sugere que a água correu nesta paisagem continuamente ou repetidamente durante muito tempo.
Mapa topográfico do local de amartagem do Curiosity. Estão assinalados Peace Vallis, o canal que parte das montanhas da orla norte de Gale, e o leque de aluvião que preenche a planície a jusante. A elipse e a cruz a negro assinalam, respectivamente, a previsão do local de amartagem do Curiosity antes da sua chegada e o ponto onde realmente as rodas do robot tocaram pela primeira vez a superfície marciana.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UofA.
Esta descoberta é particularmente importante porque desvenda a presença no passado de um ambiente potencialmente habitável no interior da cratera Gale. A missão vai, contudo, distanciar-se destes locais e prosseguir o seu caminho até ao sopé do monte Sharp, local onde deverá encontrar os tão desejados mineirais de sulfato e argilas, materiais detectados a partir de órbita com capacidade para preservar compostos orgânicos de carbono, ingredientes essenciais para o florescimento da vida como a conhecemos.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS
A equipa da missão Curiosity anunciou há poucas horas uma supreendente descoberta no caminho para Glenelg. Expostos na paisagem entre o monte Sharp e as montanhas da orla norte da cratera Gale, encontram-se alguns afloramentos rochosos que os cientistas pensam ser o que resta de um antigo leito de riacho. As evidências estão contidas em camadas de conglomerado com depósitos cimentados de fragmentos rochosos arredondados, semelhantes às pedras roladas encontradas em pequenos cursos de água pouco profundos na Terra.
Comparação dos fragmentos rochosos observados junto a um dos afloramentos rochosos da cratera Gale, com rochas semelhantes encontradas na Terra (dimensões de cada fragmento entre 0,5 a 1,0 cm).
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS/PSI.
Pelo tamanho e forma dos fragmentos, os cientistas da missão puderam deduzir que no passado a água fluiu vigorosamente nestes locais, a uma velocidade máxima de 1 metro por segundo, e com uma profundidade até cerca de 50 cm. A forma arredondada de algumas das pequenas rochas indica que foram transportadas de uma enorme distância, provavelmente desde o cimo das montanhas da orla norte de Gale. Esta possibilidade é suportada pela existência de um canal bem deliniado na vertente sobranceira ao local de amartagem do Curiosity, que se abre a jusante para um extenso leque de aluvião. Imagens obtidas pela Mars Reconnaissance Orbiter mostram uma abundância de canais no seio do leque de aluvião, o que sugere que a água correu nesta paisagem continuamente ou repetidamente durante muito tempo.
Mapa topográfico do local de amartagem do Curiosity. Estão assinalados Peace Vallis, o canal que parte das montanhas da orla norte de Gale, e o leque de aluvião que preenche a planície a jusante. A elipse e a cruz a negro assinalam, respectivamente, a previsão do local de amartagem do Curiosity antes da sua chegada e o ponto onde realmente as rodas do robot tocaram pela primeira vez a superfície marciana.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UofA.
Esta descoberta é particularmente importante porque desvenda a presença no passado de um ambiente potencialmente habitável no interior da cratera Gale. A missão vai, contudo, distanciar-se destes locais e prosseguir o seu caminho até ao sopé do monte Sharp, local onde deverá encontrar os tão desejados mineirais de sulfato e argilas, materiais detectados a partir de órbita com capacidade para preservar compostos orgânicos de carbono, ingredientes essenciais para o florescimento da vida como a conhecemos.
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