Cinco imagens obtidas pela sonda Cassini entre 2009 e 2012, mostrando nuvens de material ejectado produzidas pelos impactos de pequenos objectos nos anéis de Saturno. As duas primeiras imagens (em cima, do lado esquerdo e ao meio) foram obtidas em 2009, com um intervalo de 24,5 horas, e mostram a mesma nuvem de ejecta pairando acima do anel A. As restantes imagens mostram três nuvens produzidas por diferentes impactos nos anéis C (terceira imagem de cima e primeira de baixo) e B (segunda imagem de baixo).
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute/Cornell.
Cientistas da missão Cassini anunciaram na semana passada a descoberta das primeiras evidências directas da fragmentação e colisão de pequenos meteoróides nos anéis de Saturno. Imagens obtidas em 2005, 2009 e 2012 mostram nuvens elípticas de material ejectado pairando acima do sistema de anéis, produzidas pelos impactos de nove meteoróides distintos. Estas observações fazem dos anéis de Saturno os únicos locais, além da Terra e de Júpiter, onde foi registada a ocorrência destes fenómenos.
Estima-se que a Terra seja atingida todos os anos por 37 a 78 mil toneladas de detritos espaciais, sendo que a grande maioria corresponde a partículas de poeira interplanetária. Com uma superfície 100 vezes superior à superfície do nosso planeta, os anéis de Saturno actuam como um gigantesco detector de meteoróides. Para identificarem o impacto destes objectos, os investigadores da missão necessitaram apenas de uma geometria de iluminação dos anéis adequada, como a que ocorreu, por exemplo, durante o equinócio saturniano, no Verão de 2009.
Ilustração mostrando a distorção de uma nuvem circular de detritos, ao longo de uma órbita e meia em redor de Saturno (9 a 21 horas, no caso das partículas dos anéis).
Crédito: NASA/Cornell.
"Nós sabíamos que estes pequenos impactos ocorriam constantemente; porém desconhecíamos as suas dimensões e frequência, e não esperávamos necessariamente que tomassem a forma de espectaculares nuvens de detritos", afirmou à NASA Matthew Tiscareno, primeiro autor do artigo publicado na quinta-feira passada, na revista Science. De acordo com Tiscareno e colegas, estas nuvens são geradas por impactos secundários de pedaços de meteoróides, fragmentados durante um primeiro encontro com os anéis. As partículas que constituem estas nuvens possuem uma gama de velocidades orbitais em redor de Saturno, pelo que a sua forma circular original é rapidamente deformada numa longa elipse brilhante.
"Estes novos resultados implicam que as actuais taxas de impactos de pequenas partículas em Saturno são aproximadamente as mesmas das da Terra - dois vizinhos muito diferentes no nosso Sistema Solar" disse Linda Spilker, cientista da missão Cassini. Com este trabalho, os cientistas dispõem de uma nova ferramenta para compreenderem a formação e a evolução de uma das mais belas e enigmáticas estruturas do Sistema Solar.
Podem ler mais sobre este trabalho aqui.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute/Cornell.
Cientistas da missão Cassini anunciaram na semana passada a descoberta das primeiras evidências directas da fragmentação e colisão de pequenos meteoróides nos anéis de Saturno. Imagens obtidas em 2005, 2009 e 2012 mostram nuvens elípticas de material ejectado pairando acima do sistema de anéis, produzidas pelos impactos de nove meteoróides distintos. Estas observações fazem dos anéis de Saturno os únicos locais, além da Terra e de Júpiter, onde foi registada a ocorrência destes fenómenos.
Estima-se que a Terra seja atingida todos os anos por 37 a 78 mil toneladas de detritos espaciais, sendo que a grande maioria corresponde a partículas de poeira interplanetária. Com uma superfície 100 vezes superior à superfície do nosso planeta, os anéis de Saturno actuam como um gigantesco detector de meteoróides. Para identificarem o impacto destes objectos, os investigadores da missão necessitaram apenas de uma geometria de iluminação dos anéis adequada, como a que ocorreu, por exemplo, durante o equinócio saturniano, no Verão de 2009.
Ilustração mostrando a distorção de uma nuvem circular de detritos, ao longo de uma órbita e meia em redor de Saturno (9 a 21 horas, no caso das partículas dos anéis).
Crédito: NASA/Cornell.
"Nós sabíamos que estes pequenos impactos ocorriam constantemente; porém desconhecíamos as suas dimensões e frequência, e não esperávamos necessariamente que tomassem a forma de espectaculares nuvens de detritos", afirmou à NASA Matthew Tiscareno, primeiro autor do artigo publicado na quinta-feira passada, na revista Science. De acordo com Tiscareno e colegas, estas nuvens são geradas por impactos secundários de pedaços de meteoróides, fragmentados durante um primeiro encontro com os anéis. As partículas que constituem estas nuvens possuem uma gama de velocidades orbitais em redor de Saturno, pelo que a sua forma circular original é rapidamente deformada numa longa elipse brilhante.
"Estes novos resultados implicam que as actuais taxas de impactos de pequenas partículas em Saturno são aproximadamente as mesmas das da Terra - dois vizinhos muito diferentes no nosso Sistema Solar" disse Linda Spilker, cientista da missão Cassini. Com este trabalho, os cientistas dispõem de uma nova ferramenta para compreenderem a formação e a evolução de uma das mais belas e enigmáticas estruturas do Sistema Solar.
Podem ler mais sobre este trabalho aqui.
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