Representação artística da estrutura interna de Vesta baseada nos dados recolhidos pela sonda Dawn. São visíveis um núcleo provavelmente constituído por ferro e níquel, rodeado por um manto e uma crusta completamente diferenciados.
Crédito: NASA/JPL-Caltech.
Foram publicados anteontem na revista Science análises detalhadas aos primeiros resultados obtidos pela missão Dawn na órbita de Vesta. Pela primeira vez, os investigadores da missão reuniram um corpo de evidências que lhes permite afirmar que Vesta é um protoplaneta que sobreviveu praticamente incólume ao caos e à destruição que assolaram a Cintura de Asteróides depois da sua formação há 4,56 mil milhões de anos. De acordo com os dados disponibilizados pela sonda Dawn, Vesta assemelha-se mais a um pequeno planeta telúrico como Mercúrio, do que aos inúmeros objectos que consigo partilham a vasta região entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Vesta em comparação com outros corpos semelhantes, Ceres, Lua e os planetas telúricos Mercúrio e Marte.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA.
Após quase um ano na órbita de Vesta, a sonda Dawn desvendou uma superfície muito mais complexa do que havia sido antecipado inicialmente pelos cientistas. No hemisfério sul, a Dawn mapeou em detalhe a gigantesca bacia de impacto Rheasilvia, uma estrutura com cerca de 500 km de diâmetro e 19 km de profundidade, e com um invulgar padrão de fracturas em espiral no seu interior. Na mesma região a sonda da NASA descobriu Veneneia, uma anterior bacia de impacto com 400 km de diâmetro que foi quase totalmente obliterada por Rheasilvia. Ambas as estruturas foram esculpidas por violentos impactos ocorridos há cerca de 1 a 2 mil milhões de anos. Os dados da Dawn confirmam esta região como o local de origem de grande parte do material que compõe os asteróides vestóides e os meteoritos HED (howarditos-eucritos-diogenitos), objectos cujas assinaturas espectrais são semelhantes às de Vesta.
Três cortes de meteoritos HED observados em microscópios de luz polarizada. Estão representados da esquerda para a direita os meteoritos QUE 97053 (eucrito recolhido na Antarctica), Moore County (eucrito recolhido na Carolina do Norte, EUA) e GRA 98108 (diogenito recolhido Antarctica). A missão Dawn confirmou que estes objectos têm origem na superfície de Vesta.
Crédito: University of Tennessee.
Mapa da distribuição de piroxeno e de minerais ricos em ferro e magnésio no interior da bacia de impacto Rheasilvia. A roxo estão representadas as maiores proporções de piroxeno, quantidades que se encontrariam nas camadas mais interiores da crusta vestiana. Os dados foram obtidos pelo espectrómetro VIR da sonda Dawn.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/INAF.
Rheasilvia e Veneneia remodelaram a geologia do hemisfério sul de Vesta de forma substancial. No entanto, o hemisfério norte conserva ainda o registo das colisões que assolaram a superfície vestiana num passado mais distante. Baseados na variedade mineralógica desta região e na composição dos meteoritos HED, os investigadores da missão descobriram indícios de que o interior de Vesta se diferenciou numa crusta, num manto e num núcleo. Estes indícios são suportados pela detecção de uma concentração de massa no centro de Vesta com 107 a 113 quilómetros de raio, constituída provavelmente por ferro e níquel.
O padrão de minerais expostos na superfície vestiana sugere ainda que Vesta manteve um oceano de magma subsuperficial durante algum tempo após a sua formação. Foi essa complexa evolução magmática que conduziu à completa diferenciação do manto e da crusta.
Podem consultar mais pormenores nos 6 artigos publicados na Science (ver aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
Crédito: NASA/JPL-Caltech.
Foram publicados anteontem na revista Science análises detalhadas aos primeiros resultados obtidos pela missão Dawn na órbita de Vesta. Pela primeira vez, os investigadores da missão reuniram um corpo de evidências que lhes permite afirmar que Vesta é um protoplaneta que sobreviveu praticamente incólume ao caos e à destruição que assolaram a Cintura de Asteróides depois da sua formação há 4,56 mil milhões de anos. De acordo com os dados disponibilizados pela sonda Dawn, Vesta assemelha-se mais a um pequeno planeta telúrico como Mercúrio, do que aos inúmeros objectos que consigo partilham a vasta região entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Vesta em comparação com outros corpos semelhantes, Ceres, Lua e os planetas telúricos Mercúrio e Marte.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA.
Após quase um ano na órbita de Vesta, a sonda Dawn desvendou uma superfície muito mais complexa do que havia sido antecipado inicialmente pelos cientistas. No hemisfério sul, a Dawn mapeou em detalhe a gigantesca bacia de impacto Rheasilvia, uma estrutura com cerca de 500 km de diâmetro e 19 km de profundidade, e com um invulgar padrão de fracturas em espiral no seu interior. Na mesma região a sonda da NASA descobriu Veneneia, uma anterior bacia de impacto com 400 km de diâmetro que foi quase totalmente obliterada por Rheasilvia. Ambas as estruturas foram esculpidas por violentos impactos ocorridos há cerca de 1 a 2 mil milhões de anos. Os dados da Dawn confirmam esta região como o local de origem de grande parte do material que compõe os asteróides vestóides e os meteoritos HED (howarditos-eucritos-diogenitos), objectos cujas assinaturas espectrais são semelhantes às de Vesta.
Três cortes de meteoritos HED observados em microscópios de luz polarizada. Estão representados da esquerda para a direita os meteoritos QUE 97053 (eucrito recolhido na Antarctica), Moore County (eucrito recolhido na Carolina do Norte, EUA) e GRA 98108 (diogenito recolhido Antarctica). A missão Dawn confirmou que estes objectos têm origem na superfície de Vesta.
Crédito: University of Tennessee.
Mapa da distribuição de piroxeno e de minerais ricos em ferro e magnésio no interior da bacia de impacto Rheasilvia. A roxo estão representadas as maiores proporções de piroxeno, quantidades que se encontrariam nas camadas mais interiores da crusta vestiana. Os dados foram obtidos pelo espectrómetro VIR da sonda Dawn.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/INAF.
Rheasilvia e Veneneia remodelaram a geologia do hemisfério sul de Vesta de forma substancial. No entanto, o hemisfério norte conserva ainda o registo das colisões que assolaram a superfície vestiana num passado mais distante. Baseados na variedade mineralógica desta região e na composição dos meteoritos HED, os investigadores da missão descobriram indícios de que o interior de Vesta se diferenciou numa crusta, num manto e num núcleo. Estes indícios são suportados pela detecção de uma concentração de massa no centro de Vesta com 107 a 113 quilómetros de raio, constituída provavelmente por ferro e níquel.
O padrão de minerais expostos na superfície vestiana sugere ainda que Vesta manteve um oceano de magma subsuperficial durante algum tempo após a sua formação. Foi essa complexa evolução magmática que conduziu à completa diferenciação do manto e da crusta.
Podem consultar mais pormenores nos 6 artigos publicados na Science (ver aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
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