Giordano Bruno é uma cratera copernicana com cerca de 21 km de diâmetro, situada no lado mais distante da Lua. A sua estrutura bem conservada, o seu imenso manto de ejecta e os seus belíssimos longos raios fazem desta cratera um alvo frequente das câmaras da Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO). Anteontem, a equipa de imagem da missão divulgou esta espectacular perspectiva sobre a sua vertente sul. Vejam:
A cratera Giordano Bruno numa imagem obtida pela sonda LRO a 27 de Janeiro de 2010, a cerca de 53 km de altitude da superfície lunar (cliquem aqui para a verem na sua máxima ampliação).
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Apesar de ser reconhecidamente a mais jovem das grandes crateras lunares, desconhece-se ainda a idade exacta de Giordano Bruno. Nos anos 70, o geólogo americano Jack Hartung sugeriu que o impacto que a formou poderá ter sido documentado nas crónicas medievais de Gervásio de Canterbury. De acordo com o cronista do século XII, no dia 18 de Junho de 1178, cerca de uma hora após o pôr-do-sol, cinco monges da abadia de Canterbury testemunharam um fenómeno bizarro sobre o crescente iluminado da Lua. Subitamente, o corno superior do crescente foi separado em dois e do meio da divisão alastrou uma tocha flamejante cuspindo a considerável distância fogo, carvão escaldante e faíscas, relata Gervásio nos seus escritos. Estará mesmo este evento relacionado com Giordano Bruno?
Uma recente contagem de crateras no seu manto de ejecta em imagens obtidas pela sonda japonesa Kaguya parece contrariar esta hipótese ao colocar uma data de formação num passado mais distante, há 1 a 10 milhões de anos. Uma nova análise realizada em imagens da LRO sugere, no entanto, que a abundância de crateras secundárias ao impacto possa ter sobrestimado tal datação, pelo que não é de excluir uma data de formação mais recente.
Quando teremos uma resposta definitiva para este problema? Provavelmente, a resposta surgirá apenas quando forem realizadas datações radiométricas em amostras de ejecta e dos raios de Giordano Bruno. Até lá resta-nos apreciar os belos retratos desta estrutura que nos vão chegando da órbita da Lua.
Vejam em baixo mais algumas imagens deste magnífico exemplar de uma cratera de impacto lunar:
Pôr-do-sol sobre a vertente norte de Giordano Bruno. Imagem obtida pela LRO a 13 de Julho de 2011 (cliquem aqui para a verem na sua máxima ampliação). Reparem no terraço formado pela derrocada de uma pequena secção da vertente nordeste.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
O interior de Giordano Bruno num mosaico de 8 imagens obtidas pela sonda LRO (cliquem aqui para verem esta imagem na sua máxima ampliação).
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Passagem sobre a cratera Giordano Bruno num vídeo captado pela câmara HDTV da sonda japonesa Kaguya.
Crédito: JAXA/NHK.
A cratera Giordano Bruno numa imagem obtida pela sonda LRO a 27 de Janeiro de 2010, a cerca de 53 km de altitude da superfície lunar (cliquem aqui para a verem na sua máxima ampliação).
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Apesar de ser reconhecidamente a mais jovem das grandes crateras lunares, desconhece-se ainda a idade exacta de Giordano Bruno. Nos anos 70, o geólogo americano Jack Hartung sugeriu que o impacto que a formou poderá ter sido documentado nas crónicas medievais de Gervásio de Canterbury. De acordo com o cronista do século XII, no dia 18 de Junho de 1178, cerca de uma hora após o pôr-do-sol, cinco monges da abadia de Canterbury testemunharam um fenómeno bizarro sobre o crescente iluminado da Lua. Subitamente, o corno superior do crescente foi separado em dois e do meio da divisão alastrou uma tocha flamejante cuspindo a considerável distância fogo, carvão escaldante e faíscas, relata Gervásio nos seus escritos. Estará mesmo este evento relacionado com Giordano Bruno?
Uma recente contagem de crateras no seu manto de ejecta em imagens obtidas pela sonda japonesa Kaguya parece contrariar esta hipótese ao colocar uma data de formação num passado mais distante, há 1 a 10 milhões de anos. Uma nova análise realizada em imagens da LRO sugere, no entanto, que a abundância de crateras secundárias ao impacto possa ter sobrestimado tal datação, pelo que não é de excluir uma data de formação mais recente.
Quando teremos uma resposta definitiva para este problema? Provavelmente, a resposta surgirá apenas quando forem realizadas datações radiométricas em amostras de ejecta e dos raios de Giordano Bruno. Até lá resta-nos apreciar os belos retratos desta estrutura que nos vão chegando da órbita da Lua.
Vejam em baixo mais algumas imagens deste magnífico exemplar de uma cratera de impacto lunar:
Pôr-do-sol sobre a vertente norte de Giordano Bruno. Imagem obtida pela LRO a 13 de Julho de 2011 (cliquem aqui para a verem na sua máxima ampliação). Reparem no terraço formado pela derrocada de uma pequena secção da vertente nordeste.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
O interior de Giordano Bruno num mosaico de 8 imagens obtidas pela sonda LRO (cliquem aqui para verem esta imagem na sua máxima ampliação).
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Crédito: JAXA/NHK.
Sem comentários:
Enviar um comentário