Representação artística de um objecto da Cintura de Kuiper.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle (SSC).
Na semana passada, os astrónomos Scott Sheppard e Chadwick Trujillo anunciaram a descoberta de 2012 VP113, um potencial planeta anão numa órbita longínqua situada no limite interior da nuvem de Oort. Poucos dias depois, a mesma equipa deu a conhecer dois novos corpos ainda maiores, em órbitas exteriores à órbita de Neptuno, elevando assim para três o número de potenciais planetas anões recentemente identificados nas regiões mais remotas do Sistema Solar.
Os dois novos objectos receberam as designações provisórias de 2013 FY27 e 2013 FZ27, e foram identificados em imagens obtidas pela nova Câmara de Energia Escura (DECam) do Observatório Inter-Americano de Cerro Tololo, no Chile, a mesma câmara que permitiu a descoberta de 2012 VP113. 2013 FZ27 encontra-se, neste momento, a cerca de 50 UA de distância do Sol, e tem aproximadamente 600 quilómetros de diâmetro, pelo que é certamente massivo o suficiente para assumir uma forma esférica sob a influência da sua própria gravidade - um dos critérios de definição dos planetas anões. 2013 FY27 tem um diâmetro aproximado de 1000 quilómetros, e foi descoberto a cerca de 80 UA de distância do Sol. Os dois objectos são membros do disco disperso, com períodos orbitais muito próximos de ressonâncias 2:5 e 1:3 com Neptuno, respectivamente.
A descoberta destes três objectos em locais tão remotos do Sistema Solar só foi possível devido à extrema sensibilidade da DECam. Desenhada para detectar a luz fraca de milhões de galáxias distantes, a DECam tem como missão principal desvendar a natureza da energia negra - a misteriosa força responsável pela contínua aceleração da expansão do Universo. Em actividade desde Setembro de 2012, a câmara reuniu já centenas de gigabytes de dados, que estão a ser escrutinados por Sheppard e Trujillo na busca de objectos de brilho muito débil em órbitas situadas nos confins do Sistema Solar.
"É por isso que estamos a encontrar muitos destes objectos, ainda que tenham um brilho fraco", disse à New Scientist Scott Sheppard. "Esperamos ter no futuro muito mais descobertas."
Crédito: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle (SSC).
Na semana passada, os astrónomos Scott Sheppard e Chadwick Trujillo anunciaram a descoberta de 2012 VP113, um potencial planeta anão numa órbita longínqua situada no limite interior da nuvem de Oort. Poucos dias depois, a mesma equipa deu a conhecer dois novos corpos ainda maiores, em órbitas exteriores à órbita de Neptuno, elevando assim para três o número de potenciais planetas anões recentemente identificados nas regiões mais remotas do Sistema Solar.
Os dois novos objectos receberam as designações provisórias de 2013 FY27 e 2013 FZ27, e foram identificados em imagens obtidas pela nova Câmara de Energia Escura (DECam) do Observatório Inter-Americano de Cerro Tololo, no Chile, a mesma câmara que permitiu a descoberta de 2012 VP113. 2013 FZ27 encontra-se, neste momento, a cerca de 50 UA de distância do Sol, e tem aproximadamente 600 quilómetros de diâmetro, pelo que é certamente massivo o suficiente para assumir uma forma esférica sob a influência da sua própria gravidade - um dos critérios de definição dos planetas anões. 2013 FY27 tem um diâmetro aproximado de 1000 quilómetros, e foi descoberto a cerca de 80 UA de distância do Sol. Os dois objectos são membros do disco disperso, com períodos orbitais muito próximos de ressonâncias 2:5 e 1:3 com Neptuno, respectivamente.
A descoberta destes três objectos em locais tão remotos do Sistema Solar só foi possível devido à extrema sensibilidade da DECam. Desenhada para detectar a luz fraca de milhões de galáxias distantes, a DECam tem como missão principal desvendar a natureza da energia negra - a misteriosa força responsável pela contínua aceleração da expansão do Universo. Em actividade desde Setembro de 2012, a câmara reuniu já centenas de gigabytes de dados, que estão a ser escrutinados por Sheppard e Trujillo na busca de objectos de brilho muito débil em órbitas situadas nos confins do Sistema Solar.
"É por isso que estamos a encontrar muitos destes objectos, ainda que tenham um brilho fraco", disse à New Scientist Scott Sheppard. "Esperamos ter no futuro muito mais descobertas."
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