Comparação entre os espetros de absorção na região do infravermelho de Caronte, Hidra e de gelo de água puro. As bandas de absorção a 1,65 µm e entre os 1,50 e os 1,60 µm são assinaturas espetrais inconfundíveis dos cristais de gelo de água.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute/adaptado por Sérgio Paulino.
A New Horizons enviou esta semana os primeiros dados espetrais da superfície das 4 luas mais pequenas de Plutão. Obtidos pelo instrumento Ralph/Linear Etalon Imaging Spectral Array (LEISA), a 14 de julho de 2015, estes novos dados revelam que a superfície de Hidra é dominada por cristais de gelo de água quase puro, o que explica a sua elevada refletividade.
Os espetros agora divulgados são semelhantes ao da superfície da lua Caronte, também ela composta por uma elevada proporção de gelo de água. No entanto, as bandas de absorção de Hidra são mais profundas, o que sugere que os grãos de gelo da pequena lua são significativamente maiores, ou refletem mais luz em certos ângulos, que os de Caronte.
A atual configuração do sistema plutoniano sugere que Hidra foi formada a partir de um disco de detritos rico em gelo de água, criado pela violenta colisão que deu origem ao binário Plutão-Caronte, há aproximadamente 4 mil milhões de anos. A elevada refletividade de Hidra e as suas profundas bandas de absorção mostram que a pequena lua se encontra relativamente pouco contaminada pelos materiais escuros que progressivamente se acumularam na superfície de Caronte desde a sua formação.
A equipa da New Horizons está ainda a investigar qual terá sido o fenómeno responsável por estas diferenças. "Talvez o impacto de micrometeoritos esteja continuamente a reformular a superfície de Hidra, ao arremessar os contaminantes [para o espaço]", disse Simon Porter, membro da equipa científica da missão New Horizons. "Este processo teria sido ineficaz na lua Caronte, porque a sua gravidade mais forte retém todos os detritos criados por esses impactos."
Os cientistas da missão aguardam agora a chegada dos espetros das restantes luas, para os poderem comparar com os de Hidra e de Caronte.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute/adaptado por Sérgio Paulino.
A New Horizons enviou esta semana os primeiros dados espetrais da superfície das 4 luas mais pequenas de Plutão. Obtidos pelo instrumento Ralph/Linear Etalon Imaging Spectral Array (LEISA), a 14 de julho de 2015, estes novos dados revelam que a superfície de Hidra é dominada por cristais de gelo de água quase puro, o que explica a sua elevada refletividade.
Os espetros agora divulgados são semelhantes ao da superfície da lua Caronte, também ela composta por uma elevada proporção de gelo de água. No entanto, as bandas de absorção de Hidra são mais profundas, o que sugere que os grãos de gelo da pequena lua são significativamente maiores, ou refletem mais luz em certos ângulos, que os de Caronte.
A atual configuração do sistema plutoniano sugere que Hidra foi formada a partir de um disco de detritos rico em gelo de água, criado pela violenta colisão que deu origem ao binário Plutão-Caronte, há aproximadamente 4 mil milhões de anos. A elevada refletividade de Hidra e as suas profundas bandas de absorção mostram que a pequena lua se encontra relativamente pouco contaminada pelos materiais escuros que progressivamente se acumularam na superfície de Caronte desde a sua formação.
A equipa da New Horizons está ainda a investigar qual terá sido o fenómeno responsável por estas diferenças. "Talvez o impacto de micrometeoritos esteja continuamente a reformular a superfície de Hidra, ao arremessar os contaminantes [para o espaço]", disse Simon Porter, membro da equipa científica da missão New Horizons. "Este processo teria sido ineficaz na lua Caronte, porque a sua gravidade mais forte retém todos os detritos criados por esses impactos."
Os cientistas da missão aguardam agora a chegada dos espetros das restantes luas, para os poderem comparar com os de Hidra e de Caronte.
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