Cientistas do Physical Research Laboratory, na Índia, anunciaram na semana passada a descoberta de claras evidências de actividade vulcânica recente na Lua. A partir de dados obtidos pelas sondas Lunar Reconnaissance Orbiter e Chandrayaan-1, Prakash Chauhan e colegas analisaram a morfologia e a mineralogia do pico central de Tycho, uma cratera de impacto Copernicana formada há apenas 110 milhões de anos. No cimo e nas vertentes da montanha de 2 km de altura, os investigadores indianos descobriram diversas estruturas de origem vulcânica com composições heterogéneas, o que sugere a presença de actividade geológica prolongada posterior à formação da cratera.
O pico central da cratera Tycho numa visão oblíqua obtida a 10 de Junho de 2011 pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Os picos centrais das crateras complexas são bastante interessantes do ponto de vista geológico porque representam material escavado das profundezas da crusta pela descompressão da superfície logo após o impacto. O pico central de Tycho distingue-se pela complexidade da sua composição e pela presença em seu redor de materiais solidificados mais jovens que o manto de ejecta que se estende no exterior da cratera. Os indícios de actividade vulcânica agora identificados vêm sugerir que esses materiais não foram fundidos pela energia libertada pelo impacto que gerou a cratera, mas sim expulsos de uma fonte subsuperficial de magma perturbada pela colisão, o que implica a existência de actividade geológica nas regiões mais interiores da crusta lunar na altura da formação de Tycho.
Bloco rochoso com 120 metros de diâmetro fotografado pela Lunar Reconnaissance Orbiter no topo do pico central de Tycho. A equipa de cientistas indianos sugere que esta estrutura é uma cúpula vulcânica. São também visíveis em seu redor outras estruturas de origem vulcânica, nomeadamente fissuras vulcânicas e um lago de lava.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
A confirmação destes achados carece da recolha e da datação de amostras, algo que dependerá apenas da concretização de futuras missões à superfície da Lua. Até lá resta investigar a presença de estruturas semelhantes nos picos centrais de outras crateras Copernicanas.
Podem encontrar o artigo original deste trabalho aqui.
O pico central da cratera Tycho numa visão oblíqua obtida a 10 de Junho de 2011 pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Os picos centrais das crateras complexas são bastante interessantes do ponto de vista geológico porque representam material escavado das profundezas da crusta pela descompressão da superfície logo após o impacto. O pico central de Tycho distingue-se pela complexidade da sua composição e pela presença em seu redor de materiais solidificados mais jovens que o manto de ejecta que se estende no exterior da cratera. Os indícios de actividade vulcânica agora identificados vêm sugerir que esses materiais não foram fundidos pela energia libertada pelo impacto que gerou a cratera, mas sim expulsos de uma fonte subsuperficial de magma perturbada pela colisão, o que implica a existência de actividade geológica nas regiões mais interiores da crusta lunar na altura da formação de Tycho.
Bloco rochoso com 120 metros de diâmetro fotografado pela Lunar Reconnaissance Orbiter no topo do pico central de Tycho. A equipa de cientistas indianos sugere que esta estrutura é uma cúpula vulcânica. São também visíveis em seu redor outras estruturas de origem vulcânica, nomeadamente fissuras vulcânicas e um lago de lava.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
A confirmação destes achados carece da recolha e da datação de amostras, algo que dependerá apenas da concretização de futuras missões à superfície da Lua. Até lá resta investigar a presença de estruturas semelhantes nos picos centrais de outras crateras Copernicanas.
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