A câmara HiRISE da sonda Mars Reconnaissance Orbiter surpreendeu um gigantesco torvelinho serpenteando na vasta e poeirenta planície de Amazonis, em Marte. Gerados por espirais de ar quente em ascensão a partir de superfícies aquecidas pelo Sol, os torvelinhos marcianos são fenómenos frequentes nas longas tardes de Primavera e Verão. Apesar de se formarem em pressões atmosféricas extremamente baixas (a pressão atmosférica na superfície de Marte é tipicamente inferior a 1% da pressão atmosférica terrestre medida ao nível do mar), conseguem reunir energia suficiente para arrastar consigo partículas de areia a velocidade superiores a 100 km.h-1!
Um gigantesco torvelinho em Amazonis Planitia. Imagem obtida a 14 de Março de 2012, pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter.
Crédito: NASA/JPL/University of Arizona.
Semelhante a outro fotografado em Fevereiro passado, este novo torvelinho destaca-se pelo seu tamanho colossal. Segundo a equipa da HiRISE, o comprimento da sua sombra nas imagens indica que a pluma de poeira atingiu uma altitude de 20 km acima da superfície! Apesar do seu surpreendente comprimento, o diâmetro deste torvelinho não ultrapassou, no entanto, os 70 metros, dimensões ainda assim comparáveis às dos tornados terrestres.
Imagem de contexto mostrando o torvelinho em toda a sua extensão.
Crédito: NASA/JPL/University of Arizona.
Em que diferem os torvelinhos dos tornados? A diferença está nas respectivas fontes de energia. Os torvelinhos são alimentados pelo calor que irradia da superfície. Os tornados, por sua vez, têm uma fonte de energia adicional: o calor libertado pela condensação do vapor de água atmosférico (cliquem aqui para saberem mais sobre tornados). Como na atmosfera marciana existe pouquíssimo vapor de água, o seu contributo na convecção atmosférica em escalas localizadas é irrelevante, pelo que em Marte apenas se formam torvelinhos.
Um gigantesco torvelinho em Amazonis Planitia. Imagem obtida a 14 de Março de 2012, pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter.
Crédito: NASA/JPL/University of Arizona.
Semelhante a outro fotografado em Fevereiro passado, este novo torvelinho destaca-se pelo seu tamanho colossal. Segundo a equipa da HiRISE, o comprimento da sua sombra nas imagens indica que a pluma de poeira atingiu uma altitude de 20 km acima da superfície! Apesar do seu surpreendente comprimento, o diâmetro deste torvelinho não ultrapassou, no entanto, os 70 metros, dimensões ainda assim comparáveis às dos tornados terrestres.
Imagem de contexto mostrando o torvelinho em toda a sua extensão.
Crédito: NASA/JPL/University of Arizona.
Em que diferem os torvelinhos dos tornados? A diferença está nas respectivas fontes de energia. Os torvelinhos são alimentados pelo calor que irradia da superfície. Os tornados, por sua vez, têm uma fonte de energia adicional: o calor libertado pela condensação do vapor de água atmosférico (cliquem aqui para saberem mais sobre tornados). Como na atmosfera marciana existe pouquíssimo vapor de água, o seu contributo na convecção atmosférica em escalas localizadas é irrelevante, pelo que em Marte apenas se formam torvelinhos.
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