Magma fluindo no interior de um tubo de lava, no vulcão de Kilauea, no Hawaii.
Crédito: USGS.
Os tubos de lava lunares poderão ser grandes o suficiente para albergarem cidades do tamanho de Coimbra, sugere um novo estudo apresentado na semana passada na 46ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária, nos Estados Unidos. Criados por antigos fluxos de lava, estas imensas cavernas são abrigos naturais contra a radiação cósmica, os impactos de meteoroides e as temperaturas extremas da superfície da Lua, pelo que têm sido apontados como locais privilegiados para o estabelecimento de futuras colónias lunares.
"Tem havido alguma discussão sobre a possibilidade de existirem tubos de lava na Lua", afirmou Jay Melosh, professor na Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, e um dos autores deste trabalho. "Algumas evidências, como os vales sinuosos observados na superfície, sugerem que, caso existam, [estas estruturas] poderão ser realmente grandes."
Os vales sinuosos lunares são canais profundos que se pensa terem sido criados por antigos rios de lava. Algumas destas formações têm cerca de 10 km de diâmetro, o que levou os investigadores a ponderarem a possibilidade de existirem tubos de lava com dimensões semelhantes.
Esquema de um gigantesco tubo de lava lunar com uma representação da cidade de Philadelphia no seu interior.
Crédito: Purdue University/David Blair.
Usando modelos matemáticos, a equipa liderada por David Blair, da Universidade de Purdue, examinou a estabilidade estrutural de tubos de lava com mais de 1 km de diâmetro, quando sujeitos às condições de gravidade e amplitude térmica presentes na superfície da Lua.
"Descobrimos que, se os tubos de lava lunares tivessem uma forma fortemente arqueada como os da Terra, seriam estáveis com um tamanho até 5000 metros (...), disse Blair. "Isto não seria possível na Terra, contudo a gravidade é muito inferior na Lua e as rochas lunares não têm de suportar os mesmos processos erosivos. Em teoria, tubos de lava gigantescos - grandes o suficiente para albergarem uma cidade - poderiam ser estruturalmente sólidos na Lua."
Recorrendo à mesma tecnologia usada pela engenharia civil na conceção de túneis na Terra, os investigadores descobriram que a estabilidade dos tubos de lava lunares é igualmente afetada pela espessura do seu teto e pelo estado de stress da lava durante o seu arrefecimento. A equipa pretende agora acomodar nos seus modelos os efeitos da plasticidade das rochas e da sua evolução térmica de modo a definir de uma forma mais precisa as dimensões máximas destas estruturas.
Podem ler mais sobre este trabalho aqui.
Crédito: USGS.
Os tubos de lava lunares poderão ser grandes o suficiente para albergarem cidades do tamanho de Coimbra, sugere um novo estudo apresentado na semana passada na 46ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária, nos Estados Unidos. Criados por antigos fluxos de lava, estas imensas cavernas são abrigos naturais contra a radiação cósmica, os impactos de meteoroides e as temperaturas extremas da superfície da Lua, pelo que têm sido apontados como locais privilegiados para o estabelecimento de futuras colónias lunares.
"Tem havido alguma discussão sobre a possibilidade de existirem tubos de lava na Lua", afirmou Jay Melosh, professor na Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, e um dos autores deste trabalho. "Algumas evidências, como os vales sinuosos observados na superfície, sugerem que, caso existam, [estas estruturas] poderão ser realmente grandes."
Os vales sinuosos lunares são canais profundos que se pensa terem sido criados por antigos rios de lava. Algumas destas formações têm cerca de 10 km de diâmetro, o que levou os investigadores a ponderarem a possibilidade de existirem tubos de lava com dimensões semelhantes.
Esquema de um gigantesco tubo de lava lunar com uma representação da cidade de Philadelphia no seu interior.
Crédito: Purdue University/David Blair.
Usando modelos matemáticos, a equipa liderada por David Blair, da Universidade de Purdue, examinou a estabilidade estrutural de tubos de lava com mais de 1 km de diâmetro, quando sujeitos às condições de gravidade e amplitude térmica presentes na superfície da Lua.
"Descobrimos que, se os tubos de lava lunares tivessem uma forma fortemente arqueada como os da Terra, seriam estáveis com um tamanho até 5000 metros (...), disse Blair. "Isto não seria possível na Terra, contudo a gravidade é muito inferior na Lua e as rochas lunares não têm de suportar os mesmos processos erosivos. Em teoria, tubos de lava gigantescos - grandes o suficiente para albergarem uma cidade - poderiam ser estruturalmente sólidos na Lua."
Recorrendo à mesma tecnologia usada pela engenharia civil na conceção de túneis na Terra, os investigadores descobriram que a estabilidade dos tubos de lava lunares é igualmente afetada pela espessura do seu teto e pelo estado de stress da lava durante o seu arrefecimento. A equipa pretende agora acomodar nos seus modelos os efeitos da plasticidade das rochas e da sua evolução térmica de modo a definir de uma forma mais precisa as dimensões máximas destas estruturas.
Podem ler mais sobre este trabalho aqui.
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