A missão das sondas gémeas GRAIL foi concluída no passado dia 17 de Dezembro com duas violentas colisões na superfície da Lua. Localizadas na vertente sul de uma montanha com cerca de 2.500 metros de altitude, nas proximidades das crateras Philolaus e Mouchez, as crateras formadas pelo impacto das duas sondas foram recentemente fotografadas pela Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO).
Locais dos impactos das duas sondas GRAIL vistos antes e depois de 17 de Dezembro de 2012. As duas imagens de baixo foram obtidas a 28 de Fevereiro de 2013 e mostram duas pequenas crateras com cerca de 5 metros de diâmetro.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Com dimensões semelhantes às de uma máquina de lavar, as sondas GRAIL tinham no momento do impacto uma massa aproximada de 200 kg. Ambas se precipitaram na vertente inclinada da montanha lunar a uma velocidade aproximada de 1,6 km.s-1, gerando crateras com cerca de 5 metros de diâmetro rodeadas por um manto de ejecta negro irregular.
Mapa topográfico mostrando os locais de impacto das duas sondas GRAIL. Os dois locais encontram-se separados na vertente sul da montanha por cerca de 2.210 metros.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Tipicamente, os ejecta das crateras lunares possuem um albedo superior ao do material circundante. Este contraste é devido à sua origem. Os mantos de ejecta são constituídos por materiais provenientes de camadas subsuperficiais, pelo que não estiveram expostos ao bombardeamento incessante da radiação cósmica, do vento solar, e dos micrometeoritos, processos responsáveis pelo lento escurecimento do regolito lunar. Porque é que as crateras formadas pelas sondas GRAIL exibem, então, raios mais escuros que os materiais em seu redor?
Local de impacto da sonda GRAIL-A (Ebb) antes e depois de 17 de Dezembro de 2012.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Local de impacto da sonda GRAIL-B (Flow) antes e depois de 17 de Dezembro de 2012.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Os cientistas da missão LRO não sabem ao certo qual a causa para esta interessante anomalia. Uma das possíveis respostas poderá estar nos materiais usados na construção das duas sondas. Grande parte da sua estrutura era formada por materiais ricos em carbono. No momento do impacto, as duas sondas carregavam, ainda, cerca de 0,5 litros de combustível. Devido à violência do impacto, o carbono proveniente destas fontes poderá ter sido libertado e misturado com os materiais ejectados da superfície lunar, formando um ejecta consideravelmente mais escuro.
Recentemente, os locais de impacto das sondas GRAIL receberam o epónimo de Sally Ride, o nome da primeira mulher americana no espaço. Tentem encontrá-los aqui!
Locais dos impactos das duas sondas GRAIL vistos antes e depois de 17 de Dezembro de 2012. As duas imagens de baixo foram obtidas a 28 de Fevereiro de 2013 e mostram duas pequenas crateras com cerca de 5 metros de diâmetro.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Com dimensões semelhantes às de uma máquina de lavar, as sondas GRAIL tinham no momento do impacto uma massa aproximada de 200 kg. Ambas se precipitaram na vertente inclinada da montanha lunar a uma velocidade aproximada de 1,6 km.s-1, gerando crateras com cerca de 5 metros de diâmetro rodeadas por um manto de ejecta negro irregular.
Mapa topográfico mostrando os locais de impacto das duas sondas GRAIL. Os dois locais encontram-se separados na vertente sul da montanha por cerca de 2.210 metros.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Tipicamente, os ejecta das crateras lunares possuem um albedo superior ao do material circundante. Este contraste é devido à sua origem. Os mantos de ejecta são constituídos por materiais provenientes de camadas subsuperficiais, pelo que não estiveram expostos ao bombardeamento incessante da radiação cósmica, do vento solar, e dos micrometeoritos, processos responsáveis pelo lento escurecimento do regolito lunar. Porque é que as crateras formadas pelas sondas GRAIL exibem, então, raios mais escuros que os materiais em seu redor?
Local de impacto da sonda GRAIL-A (Ebb) antes e depois de 17 de Dezembro de 2012.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Local de impacto da sonda GRAIL-B (Flow) antes e depois de 17 de Dezembro de 2012.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Os cientistas da missão LRO não sabem ao certo qual a causa para esta interessante anomalia. Uma das possíveis respostas poderá estar nos materiais usados na construção das duas sondas. Grande parte da sua estrutura era formada por materiais ricos em carbono. No momento do impacto, as duas sondas carregavam, ainda, cerca de 0,5 litros de combustível. Devido à violência do impacto, o carbono proveniente destas fontes poderá ter sido libertado e misturado com os materiais ejectados da superfície lunar, formando um ejecta consideravelmente mais escuro.
Recentemente, os locais de impacto das sondas GRAIL receberam o epónimo de Sally Ride, o nome da primeira mulher americana no espaço. Tentem encontrá-los aqui!
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