Localização dos mais de 1.000 quilómetros de extensão do sistema de vales de Marte Vallis. Mapa topográfico obtido a partir de dados do altímetro MOLA da sonda Mars Global Surveyor.
Crédito: NASA/MOLA Team/Smithsonian.
Dados recentemente obtidos pelo instrumento italiano SHARAD (SHAllow-RADar) da sonda Mars Reconnaissance Orbiter revelaram, pela primeira vez, a presença de vales subterrados nas jovens planícies vulcânicas de Elysium Planitia, em Marte. Estas estruturas incluem a origem e a maior parte dos mais de 1.000 quilómetros de extensão de Marte Vallis, o mais recente sistema de canais marcianos rasgados por inundações catastróficas. A sua descoberta é uma importante contribuição para a compreensão da hidrologia marciana dos últimos 2,5 mil milhões de anos, um período da história do planeta caracterizado por um clima extremamente frio e seco.
Radargrama construído com dados do SHARAD, mostrando a estrutura subsuperficial de um corte na região oeste de Elysium Planitia. São visíveis duas anomalias paralelas com propriedades reflectivas (L1R e L2R), interpretadas pelos cientistas como fronteiras entre camadas geológicas. Nos locais onde estão presentes os vales do sistema de Marte Vallis, estas camadas encontram-se seccionadas.
Crédito: Smithsonian/NASA/JPL-Caltech/Sapienza University of Rome.
Marte Vallis tem uma morfologia semelhante a outros sistemas de vales mais antigos, actualmente expostos na superfície marciana. Porém, como consequência do vulcanismo que moldou a paisagem de Elysium Planitia durante centenas de milhões de anos, grande parte da sua extensão encontra-se subterrada em materiais vulcânicos, pelo que, até agora, pouco se sabia acerca da sua formação. Usando os novos dados do SHARAD, cientistas da NASA conseguiram mapear os vales subterrados até à sua origem, uma secção até agora desconhecida do sistema de fracturas de Cerberus Fossae.
De acordo com os investigadores, a violência das cheias que rasgaram Marte Vallis foi muito superior ao assumido anteriormente. Os dados obtidos pelo SHARAD revelam que o vale principal atingiu uma profundidade máxima de 113 metros, um valor duas vezes superior às estimativas anteriores. A localização de seu ponto de origem em Cerberus Fossae sugere que as inundações catastróficas irromperam de grandes reservatórios subterrâneos, como consequência da actividade tectónica ou vulcânica na região.
Podem ler mais sobre este trabalho aqui.
Crédito: NASA/MOLA Team/Smithsonian.
Dados recentemente obtidos pelo instrumento italiano SHARAD (SHAllow-RADar) da sonda Mars Reconnaissance Orbiter revelaram, pela primeira vez, a presença de vales subterrados nas jovens planícies vulcânicas de Elysium Planitia, em Marte. Estas estruturas incluem a origem e a maior parte dos mais de 1.000 quilómetros de extensão de Marte Vallis, o mais recente sistema de canais marcianos rasgados por inundações catastróficas. A sua descoberta é uma importante contribuição para a compreensão da hidrologia marciana dos últimos 2,5 mil milhões de anos, um período da história do planeta caracterizado por um clima extremamente frio e seco.
Radargrama construído com dados do SHARAD, mostrando a estrutura subsuperficial de um corte na região oeste de Elysium Planitia. São visíveis duas anomalias paralelas com propriedades reflectivas (L1R e L2R), interpretadas pelos cientistas como fronteiras entre camadas geológicas. Nos locais onde estão presentes os vales do sistema de Marte Vallis, estas camadas encontram-se seccionadas.
Crédito: Smithsonian/NASA/JPL-Caltech/Sapienza University of Rome.
Marte Vallis tem uma morfologia semelhante a outros sistemas de vales mais antigos, actualmente expostos na superfície marciana. Porém, como consequência do vulcanismo que moldou a paisagem de Elysium Planitia durante centenas de milhões de anos, grande parte da sua extensão encontra-se subterrada em materiais vulcânicos, pelo que, até agora, pouco se sabia acerca da sua formação. Usando os novos dados do SHARAD, cientistas da NASA conseguiram mapear os vales subterrados até à sua origem, uma secção até agora desconhecida do sistema de fracturas de Cerberus Fossae.
De acordo com os investigadores, a violência das cheias que rasgaram Marte Vallis foi muito superior ao assumido anteriormente. Os dados obtidos pelo SHARAD revelam que o vale principal atingiu uma profundidade máxima de 113 metros, um valor duas vezes superior às estimativas anteriores. A localização de seu ponto de origem em Cerberus Fossae sugere que as inundações catastróficas irromperam de grandes reservatórios subterrâneos, como consequência da actividade tectónica ou vulcânica na região.
Podem ler mais sobre este trabalho aqui.
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