Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
A superfície da Lua encontra-se crivada de estruturas de impacto com uma grande variedade de dimensões e morfologias. No entanto, apesar de serem tão diversas, os astrónomos usam estas duas características para agrupar as crateras lunares em três categorias básicas: crateras simples, crateras complexas e bacias multianelares. As primeiras são estruturas circulares em forma de taça, com menos de 10 a 15 quilómetros de diâmetro. As crateras complexas têm, geralmente, uma dimensão superior a 10 a 20 km, e exibem uma morfologia mais complicada, caracterizada pela presença de um pico central bem definido, chão plano e, por vezes, terraços resultantes do colapso da orla. As bacias multianelares são estruturas remanescentes dos impactos mais violentos alguma vez ocorridos na superfície lunar, e apresentam dimensões na ordem das centenas de quilómetros, e dois os mais anéis montanhosos concêntricos no seu interior.
Algumas crateras lunares possuem, porém, características tão bizarras que as deixam fora de qualquer uma destas categorias. É o caso da cratera da imagem de cima.
Visão oblíqua sobre a cratera da primeira imagem, obtida a 12 de Julho de 2012 pela Lunar Reconnaissance Orbiter.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.
Esculpida nos depósitos basálticos que preenchem o interior da Bacia Apollo, esta invulgar cratera com apenas 11,5 quilómetros de diâmetro possui dois anéis interiores concêntricos. Ainda não é inteiramente claro o mecanismo responsável pela formação destas estruturas; no entanto, uma das explicações possíveis poderá ser que no local de impacto existam múltiplas camadas estratigráficas com resistências distintas ao poder destrutivo da energia libertada pela colisão.
Podem ver o resto desta bela cratera em alta resolução aqui.
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