Sopé do monte Sharp, numa imagem obtida pelo Curiosity, a 12 de Outubro de 2013 (sol 421). É possível ver no centro da imagem uma crista rochosa rica em hematite.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS.
O Curiosity poderá vir a encontrar um importante alvo científico no sopé do monte Sharp, no interior da cratera Gale, em Marte. Cientistas americanos identificaram quantidades substanciais de hematite no estrato superior de uma crista rochosa, situada a menos de dois quilómetros do ponto onde o robot da NASA iniciará a escalada pela montanha. A hematite é um mineral rico em ferro, geralmente formado na presença de água, pelo que o estudo destes depósitos é fundamental para a compreensão do passado húmido da cratera Gale.
Abigail Fraeman e colegas usaram imagens em alta resolução obtidas pelo instrumento CRISM (Compact Reconnaissance Imaging Spectrometer for Mars) da sonda Mars Reconnaissance Orbiter para mapear a crista num detalhe sem precedentes. A crista tem cerca de 200 metros de largura, e corre paralela à base do monte Sharp, numa extensão aproximada de 6,5 quilómetros. Os seus estratos são coerentes com as camadas expostas nas encostas vizinhas, o que sugere que a estrutura está associada aos depósitos sedimentares do monte Sharp.
Os dados recolhidos pelo CRISM não permitiram a determinação dos processos responsáveis pela formação dos depósitos de hematite. De acordo com a equipa liderada por Fraeman, concorrem duas explicações possíveis: precipitação química no interior de rochas, por exposição de fluídos subterrâneos ricos em Fe2+ a um ambiente oxidante; ou erosão de materiais ricos em silicatos pela acção de fluídos aquosos neutros ou ligeiramente ácidos, sob condições de oxidação.
Ambos os processos indicam que o local foi palco de antigas reacções de oxidação do ferro. Na Terra, estas reacções dependem, quase em exclusivo, da presença de microrganismos, pelo que estes depósitos são locais ideais para o Curiosity procurar sinais ancestrais de habitabilidade na superfície do planeta vermelho.
Podem ler mais sobre este trabalho aqui.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS.
O Curiosity poderá vir a encontrar um importante alvo científico no sopé do monte Sharp, no interior da cratera Gale, em Marte. Cientistas americanos identificaram quantidades substanciais de hematite no estrato superior de uma crista rochosa, situada a menos de dois quilómetros do ponto onde o robot da NASA iniciará a escalada pela montanha. A hematite é um mineral rico em ferro, geralmente formado na presença de água, pelo que o estudo destes depósitos é fundamental para a compreensão do passado húmido da cratera Gale.
Abigail Fraeman e colegas usaram imagens em alta resolução obtidas pelo instrumento CRISM (Compact Reconnaissance Imaging Spectrometer for Mars) da sonda Mars Reconnaissance Orbiter para mapear a crista num detalhe sem precedentes. A crista tem cerca de 200 metros de largura, e corre paralela à base do monte Sharp, numa extensão aproximada de 6,5 quilómetros. Os seus estratos são coerentes com as camadas expostas nas encostas vizinhas, o que sugere que a estrutura está associada aos depósitos sedimentares do monte Sharp.
Os dados recolhidos pelo CRISM não permitiram a determinação dos processos responsáveis pela formação dos depósitos de hematite. De acordo com a equipa liderada por Fraeman, concorrem duas explicações possíveis: precipitação química no interior de rochas, por exposição de fluídos subterrâneos ricos em Fe2+ a um ambiente oxidante; ou erosão de materiais ricos em silicatos pela acção de fluídos aquosos neutros ou ligeiramente ácidos, sob condições de oxidação.
Ambos os processos indicam que o local foi palco de antigas reacções de oxidação do ferro. Na Terra, estas reacções dependem, quase em exclusivo, da presença de microrganismos, pelo que estes depósitos são locais ideais para o Curiosity procurar sinais ancestrais de habitabilidade na superfície do planeta vermelho.
Podem ler mais sobre este trabalho aqui.
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