sábado, 27 de novembro de 2010

Bolas de neve em Hartley 2

Nuvem de partículas de gelo em redor do núcleo do cometa 103P/Hartley 2. Imagem captada pela câmara de alta resolução HRI da sonda EPOXI durante a sua aproximação ao cometa a 4 de Novembro de 2010.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UMD.

A equipa científica da missão EPOXI organizou na semana passada uma conferência de imprensa para anunciar alguns dos primeiros resultados do encontro da reciclada sonda Deep Impact (agora formalmente conhecida como EPOXI) com o cometa 103P/Hartley 2. De acordo com Jessica Sunshine, a investigadora principal da missão, os dados obtidos no encontro de 4 de Novembro revelaram que, apesar de Hartley 2 ser o cometa mais pequeno alguma vez visitado por uma sonda, é também certamente o mais interessante de todos. As imagens de alta resolução desvendaram um núcleo cometário com jactos de gás extremamente activos, expelindo grandes partículas de gelo com a consistência de bolas de neve!

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Animação composta de duas imagens captadas pela EPOXI a 4 de Novembro de 2010 com alguns segundos de diferença. Reparem na estrutura tridimensional da nuvem de partículas ejectada da superfície do cometa Hartley 2.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UMD/Brown University.

A equipa estimou um diâmetro de algumas dezenas de centímetros para os fragmentos de maior dimensão. A análise da telemetria da EPOXI revelou, pelo menos, nove impactos de pequenos pedaços de gelo na estrutura da sonda durante os dez minutos em redor do ponto de maior aproximação à superfície do núcleo do cometa. Aparentemente, não foi provocado qualquer dano em nenhum dos instrumentos.
Outro aspecto surpreendente, notado logo de imediato nas imagens de alta resolução pelos cientistas da missão, foi o facto dos violentos jactos observados no cometa estarem a ser alimentados por grandes quantidades de dióxido de carbono. Curiosamente, este comportamento foi observado apenas nos dois lobos distais do núcleo. O estreito pescoço que liga estas regiões mais activas apresentou uma actividade mais contida, muito semelhante ao observado em 2005 na superfície do núcleo do cometa Tempel 1, durante a visita da missão Deep Impact.

A dupla personalidade de Hartley 2. Dados obtidos pelo espectrómetro de infravermelhos da sonda EPOXI revelaram diferentes materiais nos jactos do núcleo do cometa. Nos jactos observados nos dois lobos distais foi detectada uma mistura de dióxido de carbono, partículas de gelo e de poeira, enquanto que em redor da região intermédia verificou-se apenas a presença de uma nuvem de vapor de água.
Crédito: NASA/JPL/UMD.

A EPOXI vai continuar a observar o cometa Hartley 2 até ao próximo dia 30 de Novembro, captando imagens ao ritmo de 3.000 por dia. O encontro deverá então totalizar cerca de 2 Gb de dados, uma pilha de informação a ser explorada pelos cientistas da missão durante os próximos tempos.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Instabilidade atmosférica na Cintura Equatorial Sul de Júpiter está a alastrar

O gigante Júpiter numa imagem captada na banda do infra-vermelho pelo astrónomo amador Anthony Wesley. A anomalia atmosférica observada pela primeira vez no passado dia 9 de Novembro, multiplica-se agora numa série de nuvens negras alongadas (assinaladas com um círculo vermelho), na região da Cintura Equatorial Sul.
Crédito: Anthony Wesley.

Júpiter parece estar definitivamente a recriar a sua Cintura Equatorial Sul (CES). Astrónomos amadores em todo o mundo têm observado nas últimas duas semanas a expansão do foco de instabilidade atmosférica identificado no passado dia 9 de Novembro. Aparentemente, a estrutura tem vindo a desdobrar-se numa série de células convectivas que se elevam agora bastante acima do topo das nuvens em redor.
Mantenham-se atentos a mais novidades!

domingo, 21 de novembro de 2010

Um final alternativo para o filme Star Trek

Gostei bastante do último filme da saga Star Trek. Penso que os argumentistas foram bem sucedidos na criação de uma realidade alternativa para as personagens da série original. Certamente só não se lembraram deste final para o filme...

sábado, 20 de novembro de 2010

Espectaculares vídeos captados pela sonda chinesa Chang'E-2

A responsável e principal contribuidora do blog da Sociedade Planetária Emily Lakdawalla publicou esta semana cinco espectaculares vídeos captados pelas câmaras de monitorização de alguns sistemas vitais da sonda Chang'E-2. Os vídeos foram captados em momentos chave da viagem da sonda chinesa à Lua e mostram algumas das manobras críticas da missão emolduradas por belos cenários espaciais.

Abertura dos paíneis solares da Chang'E-2 a 1 de Outubro de 2010, pouco depois do lançamento da sonda para o espaço. Primeiro é mostrada uma simulação computorizada da manobra, seguida das imagens captadas pela câmara. A sonda reposiciona-se após a abertura dos paíneis solares, trazendo a orbe brilhante da Terra para o campo de visão da câmara.
Crédito: CNSA/tv.people.com.cn.

Sistemas de propulsão em funcionamento durante a primeira manobra de inserção orbital executada a 6 de Outubro de 2010. Depois da simulação computorizada da manobra, o vídeo mostra a queima de combustível por um dos propulsores da Chang'E-2 sobre uma paisagem lunar que entretanto mergulha na escuridão do lado nocturno.
Crédito: CNSA/tv.people.com.cn.

Primeira manobra de ajuste da órbita lunar da Chang'E-2, executada a 8 de Outubro de 2010. Reparem no brilho do propulsor pouco depois da entrada da sonda no lado nocturno da Lua.
Crédito: CNSA/tv.people.com.cn.

Segunda manobra de ajuste da órbita lunar da Chang'E-2, executada a 9 de Outubro de 2010. A sonda completa uma série de reposicionamentos antes do propulsor iniciar uma queima de combustível.
Crédito: CNSA/tv.people.com.cn.

A superfície lunar na região de Sinus Iridum, observada pela Chang'E-2 a 29 de Outubro de 2010, a uma altitude de 15 km.
Crédito: CNSA/tv.people.com.cn.

JAXA confirma a presença de pequenos fragmentos de Itokawa na cápsula de amostras da Hayabusa!

A JAXA já tinha confirmado a presença de pequenas partículas microscópicas no interior da cápsula de amostras da Hayabusa; faltava verificar se a sua origem era terrestre ou se seriam amostras da superfície de Itokawa. Foi este o trabalho minucioso que ocupou os cientistas nipónicos durante os últimos meses, e que agora culmina com a anúncio oficial de que as partículas são, de facto, oriundas do pequeno asteróide.

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Sequência de 39 imagens de Itokawa captadas pela sonda Hayabusa a 27 de Setembro de 2005, mostrando algumas das regiões mais acidentadas do pequeno asteróide de 535 m de comprimento.
Crédito: JAXA/ISAS/processamento e animação de Sérgio Paulino.

Quais foram os critérios usados para a verificação da origem das partículas?
Convém referir que apenas foi recolhido e analisado material particulado do compartimento A da cápsula das amostras (o compartimento B deverá ser analisado posteriomente). Foram identificados nesse material, através da sua observação e da análise por microscopia electrónica de varrimento, cerca de 1.500 fragmentos rochosos, a maioria dos quais com um tamanho inferior a 10 μm.

Imagem captada através de um microscópio electrónico de varrimento mostrando uma porção da espátula de teflon usada para a recolha do material particulado do interior do compartimento A da cápsula das amostras da Hayabusa. São visíveis entre alguns artefactos de alumínio (setas azuis), uma partícula de olivina e outra de piroxena (setas vermelhas).
Crédito: JAXA.

Contam-se entre os minerais mais abundantes identificados nos fragmentos rochosos a olivina e a piroxena, seguida da plagioclase e do sulfureto de ferro. Embora estes sejam minerais comuns na crusta terrestre, os cientistas nipónicos verificaram que a abundância relativa dos elementos Fe e Mg nas amostras, não só é diferente da encontrada nas rochas da Terra, como é semelhante à observada na superfície de Itokawa pelos instrumentos da Hayabusa. Não foi identificado nas amostras fragmentos de rocha ígnea, pelo que se excluiu qualquer possibilidade de contaminação das amostras com material de origem terrestre.

Gráfico mostrando a abundância relativa de Fe e de Mg: na olivina e na piroxena das partículas isoladas do interior do compartimento A, em material de referência (rochas típicas do manto terrestre), e na superfície de Itokawa. Reparem na concordância entre a composição medida na superfície do asteróide pela sonda Hayabusa e a detectada nas amostras.
Crédito: JAXA.

Estas foram as primeiras amostras da superfície de um asteróide devolvidas à Terra, pelo que depois de tamanho sucesso a JAXA tem agora de centrar os seus os esforços numa análise mais detalhada da composição química dos pequenos fragmentos. Dado o tamanho das amostras, este será certamente um trabalho difícil que exigirá o desenvolvimento de técnicas especiais de manipulação. No entanto, como já demonstraram todos os que estiveram envolvidos nesta espectacular missão, não existem impossíveis, pelo que em breve teremos certamente novas e excitantes notícias.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Divulgadas as primeiras imagens da sonda chinesa Chang'E-2

Reconstrução tridimensional da cratera Laplace A na Lua, obtida a partir de imagens captadas pela sonda Chang'E-2 a 28 de Outubro de 2010.
Crédito: CNSA/CLEP.

A Administração Nacional Espacial da China (CNSA) divulgou na semana passada as primeiras imagens da superfície lunar captadas pela sonda Chang'E-2 (ver mais imagens aqui). Entre as regiões até agora fotografadas conta-se Sinus Iridum, um dos locais candidatos para a alunagem do robot que irá ser transportado pela futura sonda Chang'E-3 (a ser lançada em 2013).

O primeiro-ministro da República Popular da China Wen Jiabao mostrando numa cerimónia oficial uma das imagens captadas na região de Sinus Iridum pela sonda chinesa Chang'E-2 a 28 de Outubro de 2010.
Crédito: CNSA/CLEP.

A Chang'E-2 deverá completar a sua missão de mapeamento da Lua nos próximos 6 meses. Ainda não se sabe, no entanto, qual será o seu destino final. A CNSA pondera entre outras hipóteses, o regresso da sonda à Terra ou a incursão numa nova missão a um asteróide próximo do nosso planeta.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uma noite de Outono vista do espaço

O território nacional ao início da noite, visto a partir da Estação Espacial Internacional.
Crédito: Douglas H. Wheelock/NASA.

À imagem do que já havia sido feito pelo astronauta nipónico Soichi Noguchi, o comandante da Expedição 25 à Estação Espacial Internacional Douglas H. Wheelock tem partilhado no Twitter algumas belas fotografias da superfície do nosso planeta (e não só) captadas a cerca de 350 km de altitude. Recentemente, Wheelock apontou a sua câmara em direcção ao território nacional para fotografar este magnífico cenário imerso na escuridão das primeiras horas da noite. Apesar do negrume dominar a imagem, reconhecem-se facilmente os contornos da costa portuguesa desde a região de Aveiro (em baixo) até ao Algarve (a meio da imagem), pela intensa luminosidade dos grandes centros urbanos costeiros.

SDO observa fusão de manchas solares

O Sol tem estado bastante activo nas últimas semanas, produzindo algumas das mais intensas erupções observadas este ano. Apesar de se manifestar com erupções pouco energéticas, a região AR1117 contou-se entre as regiões mais dinâmicas dos últimos tempos. Durante três dias, a região duplicou a sua área, fundindo alguns dos seus núcleos activos em manchas solares com um diâmetro comparável ao da Terra. O Solar Dynamics Observatory registou toda acção neste espectacular vídeo construído com imagens obtidas pelo instrumento HMI.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Um olhar sobre o planeta azul

A astronauta Tracy Caldwell Dyson observa a Terra a partir da cúpula da Estação Espacial Internacional, numa imagem captada em Setembro passado.
Crédito: Douglas H. Wheelock/NASA.

O astronauta Douglas H. Wheelock tem partilhado via Twitter belas imagens captadas na Estação Espacial Internacional desde a sua chegada em Junho passado. A maioria são magníficas fotografias do nosso planeta, mas talvez nenhuma capte tão bem a essência da aventura humana no espaço como esta imagem da astronauta americana Tracy Caldwell Dyson contemplando a Terra a partir da cúpula da Estação Espacial Internacional. É uma imagem poética que transpira emoção, a emoção das viagens e da exploração longe da única casa que conhecemos.

sábado, 13 de novembro de 2010

Estará a Cintura Equatorial Sul de Júpiter a reaparecer?

Em Maio passado escrevi aqui sobre o recente desaparecimento da Cintura Equatorial Sul (CES) de Júpiter, uma das duas proeminentes bandas escuras visíveis na face do gigante gasoso. Este é um fenómeno recorrente que já terá acontecido pelo menos 14 vezes desde a sua descoberta no início do século XX. Geralmente, a CES recupera o seu aspecto normal ao fim de 1 a 3 anos, após uma complexa sequência de fenómenos meteorológicos globais que se desenvolvem a partir de um pequeno e súbito foco de instabilidade atmosférica na região equatorial de Júpiter (ver o artigo de 1996 de A. Sanchez-Lavega e J. M. Gomez "The South Equatorial Belt of Jupiter, I: Its Life Cycle" para mais informações).

Duas imagens de Júpiter obtidas pelo astrónomo amador Anthony Wesley, com cerca de um ano de intervalo. A Cintura Equatorial Sul (CES) desapareceu este ano, deixando a Cintura Equatorial Norte (CEN) como única banda escura visível através de pequenos telescópios.
Crédito: Anthony Wesley / anotações e montagem de Sérgio Paulino.

Desde que o desvanecimento da CES foi notado, os astrónomos têm monitorizado o planeta em busca desse primeiro foco de instabilidade. Aparentemente a espera terminou esta semana. No dia 9 de Novembro, o astrónomo amador Christopher Go localizou uma mancha esbranquiçada anómala acima das nuvens jovianas equatoriais, que poderá corresponder ao início do tão aguardado fenómeno. A mancha já foi observada entretanto por outros astrónomos, que não só confirmaram a sua presença como também verificaram mudanças dramáticas no seu aspecto. Será mesmo este o início do regresso da CES à face de Júpiter?

Pequena instabilidade atmosférica na região equatorial de Júpiter, numa imagem captada através de um telescópio amador a 12 de Novembro de 2010.
Crédito: Christopher Go.

domingo, 7 de novembro de 2010

Visita ao Novo Planetário Digital de Atenas

O Novo Planetário Digital da Fundação Eugenides, em Atenas.
Crédito: Sérgio Paulino.

Estou numa rápida visita à histórica cidade de Atenas, por coincidência, em pleno fim-de-semana de eleições regionais! Como é óbvio, planeei a visita a alguns pontos de interesse, como por exemplo, o Museu Arqueológico Nacional e a Acrópole. Infelizmente hoje, devido às eleições, os monumentos nacionais em Atenas estavam encerrados, pelo que tive tempo para fazer uma visita ao Novo Planetário Digital da Fundação Eugenides, um dos mais modernos planetários do mundo. Confesso que fiquei surpreendido com a qualidade das instalações e com o leque de espectáculos que oferece na sua cúpula de 25 metros de diâmetro.
"A Grande Aventura" foi a sessão que escolhi para assistir, entre as 20 disponíveis em diferentes horários. Nesta sessão, durante cerca de 40 minutos, o público é transportado numa espectacular viagem tridimensional pela aventura humana da exploração espacial. São explicados, numa primeira fase, alguns detalhes do rigoroso treino dos astronautas, dos efeitos que a longa exposição à microgravidade tem no corpo humano, e da vida dos astronautas na Estação Espacial Internacional. A sessão termina com uma viagem a Marte e aos planetas exteriores, focando o papel de missões robóticas como a Mariner 9 ou as Voyager, no conhecimento que temos destes mundos. Ficou-me particularmente na memória uma fenomenal passagem pelo interior dos anéis de Saturno!
Recomendo que, caso passem por Atenas, não deixem de visitar este planetário. Fica um pouco longe do centro, em direcção à região portuária de Pireu, mas vale a pena a viagem até lá. Apenas lamento não termos algo semelhante em Lisboa.

sábado, 6 de novembro de 2010

Hartley 2 em movimento!


Daniel Machácek, um dos membros do UnmannedSpaceflight.com, criou esta surpreendente animação do Hartley 2 com apenas as primeiras 5 imagens disponibilizadas pela NASA logo após o encontro da EPOXI com o cometa na passada quinta-feira.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Hartley 2!

Montagem de 5 imagens captadas pela sonda EPOXI, mostrando o cometa 103P/Hartley 2 durante a sua passagem a 04 de Novembro de 2010.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UMD.

A NASA somou ontem mais um sucesso com a passagem da EPOXI pelo cometa 103P/Hartley 2. Apesar de viajar a mais de 44.000 km/h, a sonda americana conseguiu recolher imagens nítidas da superfície do núcleo do pequeno cometa. Aparentemente, existem duas regiões em Hartley 2: uma primeira muito rugosa e com intensas erupções, correspondente aos dois lobos distais; e uma segunda inactiva e lisa, distinguível no estreito pescoço que liga os dois lobos.
A EPOXI vai agora prosseguir com a monitorização da actividade do núcleo do cometa, um trabalho que deverá estar concluído daqui a três semanas.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

EPOXI visita amanhã o cometa 103P/Hartley 2

A EPOXI vai executar amanhã pelas 13:50 (hora de Lisboa) o primeiro encontro próximo de uma sonda terrestre com o cometa periódico 13P/Hartley 2. A passagem da sonda a 700 km do núcleo cometário vai permitir à câmara de alta-resolução HRI a recolha de imagens com uma resolução máxima de 7 metros/pixel.
Segundo observações de radar realizadas recentemente pelo Observatório de Arecibo, o cometa possui um núcleo muito alongado, com cerca de 2,2 km de comprimento, e um período de rotação de cerca de 18 horas. A EPOXI deverá encontrar o pequeno núcleo num período de intensa actividade, depois da recente passagem de Hartley 2 pelo periélio. A sonda pôde já presenciar na semana passada uma série de espectaculares erupções, algumas particularmente surpreendentes pela sua intensidade.

Sequência de imagens do núcleo cometário de Hartley 2 captadas a 26 de Outubro de 2010 pela câmara HRI da sonda EPOXI, durante um período de 16 horas. Ambos os páineis mostram a mesma sequência. No painel da direita a coma do cometa foi subtraída de modo a evidenciar os jactos emanados pelo núcleo.
Crédito: Donald J. Lindler, Sigma Space Corporation and NASA/JPL-Caltech/UMD.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O ponto mais elevado da Lua

A seta vermelha aponta para o ponto mais elevado da Lua nesta imagem obtida pela Lunar Reconnaissance Orbiter no passado 12 de Agosto de 2010.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

Qual é o ponto mais elevado da Lua?
O Lunar Orbiter Laser Altimeter (LOLA), o instrumento da Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) responsável pela construção de um modelo topográfico tridimensional da superfície lunar, definiu recentemente a sua localização precisa - um ponto 10786 metros acima da altitude média da Lua, situado nas proximidades de Engel'gradt, uma cratera com cerca de 44 km de diâmetro localizada no lado mais distante da Lua. Ao contrário do Monte Everest, a montanha mais alta da Terra, o ponto mais elevado da Lua é muito antigo. A região onde se situa, deverá ter sido formada em poucos minutos pela acumulação de ejecta resultante do impacto cataclísmico que escavou a gigantesca bacia Pólo Sul-Aitken.

Mosaico de imagens captadas pela LRO mostrando a cratera Engel'gradt e o local onde se situa o ponto mais elevado da Lua (marcado com uma seta branca).
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.