domingo, 24 de junho de 2012

Mensagem das fronteiras do espaço

Três jovens norte-americanos assinalaram recentemente o 50º aniversário da histórica viagem de John Glenn na órbita da Terra de uma forma muito original. Utilizando um balão atmosférico, uma simples armação de tubos PVC, duas câmaras GoPro e um iPhone, lançaram a seguinte mensagem para a humanidade a partir dos limites da atmosfera terrestre: "este é o momento de regressarmos ao espaço". A mensagem emerge de uma colagem de imagens com os discursos de personalidades como Neil deGrasse Tyson, Stephen Hawking, Carl Sagan, Neil Armstrong, entre outros.
Vejam em baixo o vídeo com esta curiosa viagem até às fronteiras do espaço, e aqui uma pequena montagem com algumas das peripécias ocorridas durante a sua produção.

sábado, 23 de junho de 2012

Voyager 1 na derradeira fronteira do Sistema Solar?

Representação artística de uma das sondas Voyager.
Crédito: NASA/JPL-Caltech.

Dados recentes provenientes da Voyager 1 sugerem que a sonda da NASA poderá estar à beira de alcançar um marco histórico na exploração espacial. Segundo os cientistas da missão, a sonda encontrou uma nova região onde a intensidade de raios cósmicos provenientes do espaço interestelar aumentou consideravelmente. Este é uma claro indício de que a Voyager 1 poderá estar a navegar nas proximidades da derradeira fronteira do Sistema Solar, a heliopausa.
Os primeiros indícios da chegada desta região chegaram com a detecção de um aumento gradual da densidade de partículas energéticas interestelares, que atingiu os 25% entre Janeiro de 2009 e Janeiro de 2012. A partir de 7 de Maio, os números escalaram rapidamente, primeiro em 7% numa semana e depois em 9% num mês! Este rápido aumento significa que a Voyager 1 está seguramente nos limites exteriores da gigantesca bolha magnética que rodeia o Sol e os planetas, a heliosfera.

Raios cósmicos galácticos detectados pela sonda Voyager 1 desde o início do ano.
Crédito: NASA.

A chegada definitiva da Voyager 1 ao espaço interestelar deverá trazer outras mudanças até agora ainda não detectadas. A intensidade de partículas energéticas geradas no interior da heliosfera tem vindo a diminuir lentamente, mas não exibiu ainda a queda abrupta esperada pelos cientistas na heliopausa. Por outro lado, as linhas do campo magnético em redor da Voyager 1 mantêm a mesma orientação das linhas do campo magnético do Sol, o que indica que a sonda não abandonou ainda a heliosfera. A sua entrada no espaço interestelar deverá ser acompanhada da detecção de linhas numa orientação mais perpendicular.
A Voyager 1 partiu da Terra em Setembro de 1977 para uma longa viagem interplanetária com passagens rápidas pelos gigantes Júpiter em 1979, e Saturno em 1980. 35 anos depois, a sonda encontra-se nos confins do Sistema Solar, a mais de 18 mil milhões de quilómetros do nosso planeta. Tudo indica que a Voyager 1 virá a tornar-se em breve no primeiro objecto construído pelo Homem a viajar no exterior do Sistema Solar, no vasto espaço entre as estrelas da nossa Galáxia. Magnífico!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Todos os planetas conhecidos da Galáxia!

Vejam só este fabuloso desenho de Randall Munroe, autor do webcomic xkcd. Num diagrama que faz lembrar os testes de cores de Ishihara, Munroe representa todos os planetas descobertos até hoje à mesma escala. Os 8 planetas do Sistema Solar estão no centro do diagrama reunidos no interior de um pequeno rectângulo. Impressionante!

Representação esquemática na mesma escala dos 786 planetas conhecidos até meados de Junho de 2012. A maioria são gigantes gasosos porque são os mais facilmente detectáveis pelos actuais métodos de detecção. Até 1995 conheciam-se apenas os planetas do Sistema Solar (identificados neste diagrama por um pequeno rectângulo cinzento).
Crédito: Randall Munroe.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Um rio de rocha fundida na Lua

Secção de um enorme rio de rocha fundida, agora sólida, que fluiu pelo flanco sudeste da cratera Tycho, há cerca de 108 milhões de anos. Imagem obtida a 09 de Março de 2012 pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

No flanco sudeste de Tycho existe um conjunto de espectaculares formações que denunciam as forças titânicas envolvidas na génese das crateras lunares. A mais de 4 quilómetros acima do chão desta magnífica cratera encontram-se vários depósitos de rocha fundida ligados por sinuosos fluxos direccionados pela topografia local. Um desses fluxos estende-se por cerca de 5 quilómetros, flanqueando pequenas colinas na vertente inclinada, até ser travado num grande depósito situado 600 metros mais abaixo. A textura da superfície do fluxo e o canal por si formado foram moldados pelo declive e pelas alterações de viscosidade da rocha fundida à medida que esta arrefecia.

Rio de rocha fundida no flanco sudeste da cratera Tycho (contexto da imagem de cima). É visível uma cratera com 400 metros de diâmetro formada posteriormente.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

Imagem de contexto mostrando as elevações em relação ao datum altimétrico lunar de alguns depósitos de rocha fundida formados nesta região. O rectângulo branco delimita a área coberta pela imagem de cima.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

Como se formaram estes depósitos e os fluxos que os unem?
O impacto que escavou a cratera Tycho libertou uma imensa quantidade de energia; uma quantidade suficiente para fundir grande parte da rocha atingida pelo projéctil. Embora a maioria desta rocha fluída se tenha acumulado no chão da cratera, formando um imenso lago de lava, uma pequena fracção acabou por ser arremessada para a orla da cratera, fluindo depois pelas encostas até depressões grandes o suficiente para estancarem a sua progressão.
Podem ver aqui mais pormenores destas magníficas estruturas, e embarcar aqui numa viagem ao interior da cratera Tycho.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Solstício de Verão 2012

O Sol atingirá amanhã, pelas 00:09 (hora de Lisboa), a máxima declinação a norte do equador celeste. Esse momento corresponde ao solstício de Verão e marca o início da estação mais quente do ano no Hemisfério Norte. A palavra solstício tem origem no latim solstitium (Sol parado), e está associada à ideia de que quando o Sol atinge estes pontos, detém por instantes o seu movimento aparente no céu. Este ano o Verão prolongar-se-à por 93,65 dias, até ao próximo equinócio que ocorrerá no dia 22 de Setembro pelas 15:49 (hora de Lisboa).
Um feliz solstício a todos!

Equinócios e solstícios vistos do espaço. Esta animação mostra a mudança diária da linha do terminador na Terra (a linha que separa o dia da noite) durante um ano, vista pelo satélite geostacionário Meteosat-9. As maiores inclinações desta linha correspondem aos solstícios. Quando esta linha é completamente direita ocorre um equinócio.
Crédito: NASA/EUMETSAT.

domingo, 17 de junho de 2012

A Terra vista pela Rosetta

A Terra fotografada pela sonda Rosetta. Composição em cores aproximadamente naturais construída com três imagens obtidas a 13 de Novembro de 2009 pelo sistema de imagem OSIRIS, através de filtros para comprimentos de onda na banda do visível (390, 590 e 630 nm).
Crédito: ESA/equipa OSIRIS/MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA/composição a cores de Gordan Ugarkovic.

A Rosetta afastava-se a grande velocidade em direcção ao espaço interplanetário quando obteve este magnífico retrato do nosso planeta. Esta seria a terceira e última assistência gravitacional na Terra, antes da sonda europeia se aventurar no interior da Cintura de Asteróides para os encontros com os asteróides 2867 Šteins e 21 Lutécia. São reconhecíveis na imagem os contornos do continente africano e da península arábica. A Europa surge mais norte escondida num espesso manto de nuvens.
A Rosetta encontra-se neste momento em hibernação e não voltará a comunicar com a Terra até Janeiro de 2014. O seu próximo destino será o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A sonda deverá entrar na órbita do cometa em Maio de 2014 para uma missão que se estenderá até ao final de 2015.

Sonda chinesa Chang'E-2 a caminho do asteróide Toutatis

Representação artística da sonda lunar chinesa Chang'E-2.
Crédito: CNSA/CLEP.

De acordo com informações recentemente divulgadas pelo responsável do Programa Chinês de Exploração da Lua Ouyang Ziyuan, a sonda Chang'E-2 abandonou no passado dia 15 de Abril o ponto de Lagrange L2 do sistema Terra-Sol, local onde havia permanecido desde Agosto do ano passado. A sonda chinesa dirige-se agora para um encontro próximo com o asteróide 4179 Toutatis, a concretizar no dia 06 de Janeiro de 2013. Toutatis fará uma passagem a apenas 6,9 milhões de quilómetros da Terra em Dezembro próximo, razão pela qual foi seleccionado pelos responsáveis chineses como novo alvo para a Chang'E-2.
Podem ler mais sobre este assunto aqui.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Rato Mickey em Mercúrio!

Três crateras sem nome situadas a noroeste da cratera Magritte, no hemisfério sul de Mercúrio (norte para baixo). Imagem obtida pela sonda MESSENGER a 03 de Junho de 2012.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington.

Três impactos não relacionados esculpiram em Mercúrio uma silhueta que lembra a cabeça da mais famosa personagem de desenhos animados da Walt Disney, o Rato Mickey. Obtida recentemente pela sonda MESSENGER, esta imagem integra-se num conjunto que irá formar um mapa da superfície do planeta visto com um baixo ângulo de iluminação. Com o Sol próximo do horizonte, as sombras projectam-se mais longe na superfície, o que evidencia os perfis topográficos dos acidentes geológicos mais pequenos. Este novo mapa constitui uma das principais actividades da actual missão da MESSENGER e irá complementar a informação do mapa morfológico obtido durante a missão primária.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Revista a elipse de amartagem do Curiosity

Foi ontem anunciada uma importante novidade relativa à missão Curiosity. A equipa de engenheiros da missão conseguiu diminuir significativamente a área da elipse de amartagem! O destino final do sofisticado robot da NASA na superfície do planeta vermelho situa-se agora algures no interior de uma pequena elipse com 20 quilómetros de comprimento e 7 quilómetros de largura (a elipse inicial tinha 25 quilómetros de comprimento por 20 quilómetros de largura). O centro da elipse (o local de maior probabilidade de amartagem) posiciona-se agora muito mais próximo do monte Sharp, o alvo primordial da missão na cratera Gale, pelo que os responsáveis esperam que a viagem até aos pontos de interesse científico na vertente da montanha seja encurtada em vários meses relativamente aos planos iniciais.

Visão oblíqua da cratera Gale obtida pela combinação de dados das missões Mars Express, Mars Reconnaissance Orbiter e Viking Orbiter. São visíveis na imagem duas elipses de amartagem no sopé do monte Sharp. A maior (delineada a cinzento) corresponde à elipse de amartagem do Curiosity determinada antes da lançamento da missão. A elipse menor (a preto) é a nova área de amartagem calculada durante a viagem interplanetária da missão. O centro de cada elipse está marcada com uma cruz com a cor respectiva.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/ESA/DLR/FU Berlin/MSSS.

Este reajuste do alvo da missão foi fruto de uma análise continuada dos sistemas de amartagem que incluiu testes e actualizações nos respectivos softwares. Se as condições atmosféricas assim o permitirem, o Curiosity deverá atingir em segurança o destino pretendido na superfície de Marte às 06:31 (hora de Lisboa) do dia 06 de Agosto. Até lá os engenheiros da missão irão ainda executar mais alguns preparativos finais, e tentar compreender o problema entretanto detectado no sistema de perfuração. Experiências realizadas recentemente nos laboratórios do JPL revelaram que teflon e outros materiais deste intrumento poderão contaminar as amostras de rocha e dificultar a análise de compostos de carbono por um dos 10 instrumentos científicos que equipam o Curiosity. Os responsáveis esperam encontrar em breve formas de contornar este problema e evitar o comprometimento de uma das mais importantes experiências da missão.

sábado, 9 de junho de 2012

Vesta multicolor

A equipa da missão Dawn lançou esta semana este espectacular novo vídeo que mostra um modelo tridimensional de Vesta exibindo um mapa em alta resolução da composição mineralógica da sua superfície. A paleta de cores foi escolhida de forma a evidenciar variações demasiado subtis para o olho humano detectar. A integração desta informação no modelo tridimensional permite a visualização dos diferentes materiais detectados pela Dawn no contexto da topografia de Vesta.

Animação mostrando um modelo tridimensional de Vesta exibindo uma mapa da composição da sua superfície.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA/PSI.

Os cientistas da missão estão ainda a analisar a verdadeira identidade de todos os materiais representados pelas diferentes cores. Os tons de verde correspondem à abundância relativa de ferro, e as áreas coloridas a laranja são claramente materiais escavados do interior de algumas crateras de impacto. As áreas a cinzento que cobrem grande parte do hemisfério norte e uma pequena área na montanha que se ergue no pólo sul (aproximadamente no centro da bacia de impacto de Rheasylvia) correspondem a regiões que ainda não foram devidamente mapeadas pela Dawn. A cobertura destas áreas deverá melhorar até à partida da sonda da NASA em Agosto próximo.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Cassini fotografa terra incognita em Mimas

A região do pólo norte de Mimas vista pela sonda Cassini a 05 de Junho de 2012, a uma distância de cerca de 50 mil quilómetros (imagens originais: N00190670 e N00190673).
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/mosaico de Sérgio Paulino.

Terra incognita foi um termo latino usado durante séculos em cartografia para assinalar regiões nunca mapeadas ou documentadas. Anteontem, a sonda Cassini fotografou uma dessas regiões no hemisfério norte de Mimas. Aproveitando uma passagem a pouco mais de 40 mil quilómetros acima da sua superfície, a sonda da NASA obteve as primeiras imagens de uma faixa de terreno junto ao pólo norte (a quase totalidade da metade direita deste mosaico) nunca antes observada.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Trânsito de Vénus: imagens espectaculares dos observatórios SDO e Proba-2

A beleza das imagens que se seguem fala por si. Aqui têm toda a jornada de Vénus sobre o disco solar vista pelos observatórios espaciais Solar Dynamics Observatory e Proba-2.

 
O trânsito de Vénus visto pelo instrumento Atmospheric Imaging Assembly (AIA) do Solar Dynamics Observatory (SDO), na banda do ultravioleta extremo (canal 171 Å).
Crédito: SDO (NASA)/AIA consortium.

 
Imagens do trânsito obtidas pelo instrumento SWAP do observatório espacial europeu Proba-2, na banda do ultravioleta extremo.
Crédito: ESA/ROB.

domingo, 3 de junho de 2012

Vénus entra no campo de visão do SOHO

Estamos a apenas dois dias do trânsito de Vénus sobre o disco solar, pelo que os dois objectos estão neste momento separados por uma curta distância angular. Na verdade, a distância é tão curta que Vénus fez já a sua aparição no LASCO C3, o coronógrafo de maior abertura angular do observatório espacial SOHO. Podem ver no vídeo de baixo, o planeta a surgir do lado esquerdo em direcção ao disco solar (aqui representado pelo círculo branco no centro), cruzando-se no caminho com Mercúrio que se move na direcção oposta.

 
Vénus visto pelo coronógrafo LASCO C3 do observatório SOHO dias antes do seu trânsito sobre o disco solar. Sequência de imagens obtidas a 1 e a 2 de Junho de 2012.
Crédito: LASCO/SOHO Consortium/NRL/ESA/NASA.

sábado, 2 de junho de 2012

Preparem-se para o trânsito de Vénus da próxima semana

O trânsito de Vénus visto pelo telescópio TRACE a 8 de Junho de 2004.
Crédito: NASA/LMSAL.

No próximo dia 6 de Junho, uma grande parte do mundo testemunhará um raro evento astronómico, um trânsito de Vénus sobre o disco solar. Infelizmente, o fenómeno decorrerá entre as 23:09 do dia 5 e as 04:49 do dia 6 (hora de Lisboa), pelo que, ao contrário do que aconteceu em 2004, não será visível nem em Portugal nem em grande parte do território brasileiro. No Brasil, excepção será feita a uma pequena faixa de território que inclui a parte oeste dos estados de Roraima e do Amazonas e a totalidade do estado do Acre. Ainda assim, nestas regiões apenas será possível observar as fases iniciais do trânsito pouco antes do pôr-do-sol.
Para observarem este evento no conforto dos vossos lares poderão recorrer aos muitos sites que farão a sua transmissão em directo. Aqui fica uma pequena lista com alguns deles:
Diagrama ilustrando os principais momentos dos trânsitos de 2004 e 2012. O trânsito de 2012 decorrerá sobre o hemisfério norte do Sol. Os ingressos externo (I) e interno (II) ocorrerão, respectivamente, às 22:09:29 e às 22:26:27 (Tempo Universal). O máximo será atingido às 01:29:28 (Tempo Universal). O final do trânsito chegará com os egressos interno (III) e externo (IV) que ocorrerão, respectivamente, às 04:31:30 e às 04:49:27 (Tempo Universal). Todos os tempos são dados para as coordenadas geocêntricas.
Crédito: Fred Espenak/NASA/GSFC/adaptação de Sérgio Paulino.

Este é apenas o sétimo trânsito de Vénus a ser observado pela humanidade. Os primeiros cinco foram fundamentais para a resolução de um dos maiores problemas científicos da História da Astronomia, a determinação da distância entre a Terra e o Sol. Foi um esforço que exigiu a máxima cooperação entre potências mundiais rivais e longas viagens de equipas de exploradores e cientistas aos cantos mais remotos do planeta. Para saberem mais acerca da descoberta e da observação destes primeiros cinco eventos, aconselho a leitura do livro Trânsitos de Vénus, à procura da escala exacta do Sistema Solar, de Nuno Crato, Fernando Reis e Luís Tirapicos.
Hoje, em pleno século XXI, o trânsito de Vénus já não move expedições científicas a regiões longínquas, mas contínua a ser um fenómeno muito útil para algumas áreas de investigação na Astronomia. Um exemplo será a campanha de observação da Lua pelo telescópio Hubble a realizar durante todo o período do trânsito. Astrónomos da NASA irão tentar detectar uma pequena diminuição na iluminação solar da superfície lunar durante o evento, com o objectivo de afinar o método de detecção de trânsitos de exoplanetas em estrelas distantes.
O próximo trânsito de Vénus ocorrerá daqui a 105 anos, a 11 de Dezembro de 2117! Certamente esta será a última oportunidade para todos nós presenciarmos este raro e belo fenómeno astronómico, pelo que na próxima terça-feira não deixem de participar. Um bom trânsito para todos!