sábado, 6 de julho de 2013

No sopé de um gigante

A ESA publicou anteontem uma espectacular imagem do extremo sudeste de Olympus Mons, o gigantesco vulcão marciano que se eleva entre o planalto vulcânico de Tharsis e a vasta região de Amazonis Planitia. Vejam em baixo:

Flanco sudeste de Olympus Mons numa imagem obtida a 21 de Janeiro de 2013, pela sonda europeia Mars Express (cliquem aqui para verem esta imagem na sua máxima resolução).
Crédito: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum).

Olympus Mons é a maior montanha do Sistema Solar. Erguendo-se cerca de 22 quilómetros acima das planícies circundantes, este imponente edifício vulcânico com aproximadamente 600 quilómetros de diâmetro, ultrapassa o dobro da altitude de Mauna Kea, o maior vulcão da Terra.

Tal como o seu congénere terrestre, Olympus Mons é um vulcão-escudo que deve a sua forma às escoadas de lava basáltica pouco viscosa que, ao longo de milhões de anos, fluíram pelas suas encostas. No entanto, ao contrário do que acontece noutros vulcões-escudo, os seus limites são definidos por escarpas vertiginosas que circundam toda a estrutura. Estes declives abruptos atingem nalguns locais altitudes de 9 quilómetros, e foram, provavelmente, esculpidos nos flancos do vulcão por sucessivas derrocadas catastróficas.

Perspectiva sobre o flanco sudeste de Olympus Mons obtida a 21 de Janeiro de 2013, pela sonda europeia Mars Express.
Crédito: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum).

Na imagem de cima é possível ver inúmeras escoadas de lava solidificada serpenteando ao longo das encostas até ao flanco sudeste do vulcão. Algumas destas escoadas precipitaram-se nas escarpas, formando estruturas em leque no sopé da montanha parcialmente apagadas pelos fluxos de lava mais recentes que inundaram as planícies circundantes. Ambas as unidades apresentam um número muito pequeno de crateras, o que sugere uma formação muito recente em termos geológicos.

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