sexta-feira, 12 de julho de 2013

Uma ilha em Mare Imbrium

Cratera preenchida com lava solidificada em Mare Imbrium, na Lua. Imagem obtida pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter a 31 de Maio de 2012.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

As grandes manchas escuras visíveis no lado mais próximo da Lua (os maria lunares), foram outrora mares de lava fluída criados por erupções vulcânicas no interior de gigantescas bacias de impacto. Dentro dos seus limites é ainda possível reconhecer as margens de pequenas ilhas e penínsulas, estruturas remanescentes da anterior topografia.

Na imagem de cima vemos um exemplo clássico de uma cratera de impacto parcialmente inundada, localizada no interior de Mare Imbrium, o segundo maior mare da Lua. Parte da sua parede ocidental não resistiu ao fluxo de lava, pelo que a cratera foi submersa quase na totalidade. O que restou da sua orla deu origem a uma estrutura conhecida em geologia por kipuka, a palavra havaiana que descreve áreas de terreno antigo rodeadas por escoadas lávicas. As margens desta kipuka lunar são facilmente reconhecíveis como um pequeno terraço no interior da cratera, formado pela contracção e recuo da lava durante o seu arrefecimento.

Imagem de contexto mostrando a localização desta cratera (seta azul).
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

Crateras como esta são bastante interessantes porque permitem aos cientistas determinar qual a espessura aproximada das lavas basálticas que submergiram estas regiões. Esta cratera, em particular, tem cerca de 2,7 quilómetros de diâmetro, pelo que deveria ter originalmente cerca de 500 metros de profundidade. Este valor sugere que o terreno original se encontra a pouco menos de 500 metros abaixo da actual superfície.

Esta é a única kipuka preservada na região. Podem explorar os seus arredores aqui.

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