segunda-feira, 4 de maio de 2015

New Horizons observa primeiros detalhes da superfície de Plutão

Plutão e Caronte numa animação construída com 13 imagens captadas pela sonda New Horizons, entre 12 e 18 de abril de 2015.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute.

Imagens divulgadas na semana passada pela equipa da missão New Horizons mostram, pela primeira vez, variações de brilho na superfície de Plutão. Ainda com apenas alguns pixels de diâmetro, Plutão revela já detalhes desconcertantes no hemisfério norte, incluindo o que poderá ser uma calote polar!

As novas imagens foram captadas pelo sistema de imagem LORRI (Long Range Reconnaissance Imager), a uma distância de pouco mais de 100 milhões de quilómetros, durante aproximadamente 6 dias e meio - um período correspondente a uma rotação completa de Plutão. A equipa da missão usou uma técnica matemática de pré-processamento de imagem, designada deconvolução, que permite diminuir o efeito das distorções óticas criadas pelas lentes e detetor CCD da LORRI, extraindo assim o máximo de informação possível até ao limite de resolução imposto pelo sistema ótico. Com a aplicação desta técnica, as imagens ficam com uma resolução superior à das melhores imagens de Plutão captadas a partir da Terra, pelo telescópio espacial Hubble.

A mancha brilhante observada na região do polo norte de Plutão deverá ter centenas de quilómetros de diâmetro. A sua composição é ainda desconhecida, mas deverá ser revelada pelo espetrómetro da New Horizons, quando a sonda sobrevoar a região dentro de pouco mais de dois meses. Estudos anteriores sugerem que a fina atmosfera de Plutão é constituída por azoto (N2), metano (CH4) e monóxido da carbono (CO), pelo que é possível que estes compostos se encontrem em abundância sob a forma de cristais de gelo altamente refletivos, em algumas regiões da superfície plutoniana.

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