Mosaico de Neptuno produzido a partir de imagens captadas pela sonda Voyager 2 durante a sua aproximação ao gigante gelado em 1989.
Crédito: NASA/JPL.
Consegui observar pela primeira vez o planeta mais distante do Sistema Solar! Não era mais que um pequeníssimo ponto azulado a norte da estrela μ Capricorni e do planeta Júpiter, mas foi com prazer que o contemplei por largos minutos. Fiquei surpreendido porque não esperava ter sucesso num céu brilhante de uma grande cidade como é o céu de Lisboa.
A excitação que senti fez-me recordar uma pequena passagem de um excerto do tratado Venus in sole visa, escrito no século XVII pelo astrónomo britânico Jeremiah Horrocks, que encontrei reproduzido no livro "Trânsito de Vénus" (dos autores Nuno Crato, Fernando Reis e Luís Tirapicos). O pequeno texto descreve a observação do trânsito de Vénus de 1639 por William Crabtree, um amigo de Jeremiah Horrocks:
... Emocionado pela contemplação, ficou algum tempo sem se mover, quase não confiado nos seus próprios sentidos, tomado por excesso de alegria; porque nós astrónomos temos como que uma disposição feminina, ficamos dominados pela alegria das ninharias, e tais assuntos menores praticamente não impressionam outros; ...
Sem comentários:
Enviar um comentário