O pólo sul de Vesta fotografado pela sonda Dawn em Setembro de 2011. A região é dominada pela gigantesca bacia de impacto Rheasilvia.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA.
No interior da Cintura de Asteróides, região onde Vesta reside, a radiação solar é suficientemente forte para rapidamente volatilizar quaisquer depósitos superficiais de água ou de outros compostos voláteis. Ao contrário de Mercúrio e da Lua, o gigantesco asteróide também não tem crateras permanentemente sombrias para suportar a sobrevivência desses compostos por longos períodos de tempo. O seu eixo de rotação está inclinado cerca de 27,2º (para comparação, o eixo de rotação da Lua tem uma inclinação de apenas 1,5º), pelo que virtualmente todos os pontos da sua superfície recebem luz solar em algum momento do ano vestiano. Por estes motivos, durante muito tempo, os cientistas consideraram Vesta uma das superfícies mais secas do Sistema Solar.
Um novo estudo vem agora, no entanto, revelar uma nova e interessante possibilidade. Baseados em imagens recolhidas pelo telescópio espacial Hubble em 1994 e em 1996, os investigadores Timothy Stubbs e Yongli Wang criaram novos modelos para as distribuições globais da irradiação e das temperaturas em Vesta. As previsões produzidas pelos modelos mostram que, apesar dos pólos vestianos passarem por estações (tal como os pólos terrestres), a sua temperatura média anual fica abaixo dos 145 K (equivalente a -128º C), o limiar térmico da sobrevivência do gelo de água nos primeiros metros abaixo da superfície do asteróide. Mais ainda, estas condições estendem-se até à latitude de 27º, linha a partir do qual as médias se tornam demasiado elevadas.
Mapa das temperaturas médias de Vesta (em K) previstas pelo modelo de Stubbs e Wang. A linha cinzenta delimita a estreita banda em redor do equador em que se torna impossível a presença de gelo de água junto à superfície.
Crédito: NASA/GSFC/UMBC.
Mapa das temperaturas médias da região do pólo sul de Vesta (em K) previstas pelo modelo de Stubbs e Wang.
Crédito: NASA/GSFC/UMBC.
Os resultados do modelo de Stubbs e Wang terão o seu escrutínio definitivo quando forem analisados os dados recolhidos pela sonda Dawn, no final da sua missão na órbita de Vesta. Serão particularmente determinantes as observações realizadas pelo espectrómetro GRaND, o único equipamento com capacidade para detectar água no regolito vestiano.
Podem encontrar este trabalho aqui.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA.
No interior da Cintura de Asteróides, região onde Vesta reside, a radiação solar é suficientemente forte para rapidamente volatilizar quaisquer depósitos superficiais de água ou de outros compostos voláteis. Ao contrário de Mercúrio e da Lua, o gigantesco asteróide também não tem crateras permanentemente sombrias para suportar a sobrevivência desses compostos por longos períodos de tempo. O seu eixo de rotação está inclinado cerca de 27,2º (para comparação, o eixo de rotação da Lua tem uma inclinação de apenas 1,5º), pelo que virtualmente todos os pontos da sua superfície recebem luz solar em algum momento do ano vestiano. Por estes motivos, durante muito tempo, os cientistas consideraram Vesta uma das superfícies mais secas do Sistema Solar.
Um novo estudo vem agora, no entanto, revelar uma nova e interessante possibilidade. Baseados em imagens recolhidas pelo telescópio espacial Hubble em 1994 e em 1996, os investigadores Timothy Stubbs e Yongli Wang criaram novos modelos para as distribuições globais da irradiação e das temperaturas em Vesta. As previsões produzidas pelos modelos mostram que, apesar dos pólos vestianos passarem por estações (tal como os pólos terrestres), a sua temperatura média anual fica abaixo dos 145 K (equivalente a -128º C), o limiar térmico da sobrevivência do gelo de água nos primeiros metros abaixo da superfície do asteróide. Mais ainda, estas condições estendem-se até à latitude de 27º, linha a partir do qual as médias se tornam demasiado elevadas.
Mapa das temperaturas médias de Vesta (em K) previstas pelo modelo de Stubbs e Wang. A linha cinzenta delimita a estreita banda em redor do equador em que se torna impossível a presença de gelo de água junto à superfície.
Crédito: NASA/GSFC/UMBC.
Mapa das temperaturas médias da região do pólo sul de Vesta (em K) previstas pelo modelo de Stubbs e Wang.
Crédito: NASA/GSFC/UMBC.
Os resultados do modelo de Stubbs e Wang terão o seu escrutínio definitivo quando forem analisados os dados recolhidos pela sonda Dawn, no final da sua missão na órbita de Vesta. Serão particularmente determinantes as observações realizadas pelo espectrómetro GRaND, o único equipamento com capacidade para detectar água no regolito vestiano.
Podem encontrar este trabalho aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário