terça-feira, 12 de junho de 2012

Revista a elipse de amartagem do Curiosity

Foi ontem anunciada uma importante novidade relativa à missão Curiosity. A equipa de engenheiros da missão conseguiu diminuir significativamente a área da elipse de amartagem! O destino final do sofisticado robot da NASA na superfície do planeta vermelho situa-se agora algures no interior de uma pequena elipse com 20 quilómetros de comprimento e 7 quilómetros de largura (a elipse inicial tinha 25 quilómetros de comprimento por 20 quilómetros de largura). O centro da elipse (o local de maior probabilidade de amartagem) posiciona-se agora muito mais próximo do monte Sharp, o alvo primordial da missão na cratera Gale, pelo que os responsáveis esperam que a viagem até aos pontos de interesse científico na vertente da montanha seja encurtada em vários meses relativamente aos planos iniciais.

Visão oblíqua da cratera Gale obtida pela combinação de dados das missões Mars Express, Mars Reconnaissance Orbiter e Viking Orbiter. São visíveis na imagem duas elipses de amartagem no sopé do monte Sharp. A maior (delineada a cinzento) corresponde à elipse de amartagem do Curiosity determinada antes da lançamento da missão. A elipse menor (a preto) é a nova área de amartagem calculada durante a viagem interplanetária da missão. O centro de cada elipse está marcada com uma cruz com a cor respectiva.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/ESA/DLR/FU Berlin/MSSS.

Este reajuste do alvo da missão foi fruto de uma análise continuada dos sistemas de amartagem que incluiu testes e actualizações nos respectivos softwares. Se as condições atmosféricas assim o permitirem, o Curiosity deverá atingir em segurança o destino pretendido na superfície de Marte às 06:31 (hora de Lisboa) do dia 06 de Agosto. Até lá os engenheiros da missão irão ainda executar mais alguns preparativos finais, e tentar compreender o problema entretanto detectado no sistema de perfuração. Experiências realizadas recentemente nos laboratórios do JPL revelaram que teflon e outros materiais deste intrumento poderão contaminar as amostras de rocha e dificultar a análise de compostos de carbono por um dos 10 instrumentos científicos que equipam o Curiosity. Os responsáveis esperam encontrar em breve formas de contornar este problema e evitar o comprometimento de uma das mais importantes experiências da missão.

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