domingo, 18 de janeiro de 2015

O olho brilhante de Bansi

A astronauta Samantha Cristoforetti publicou ontem no Twitter uma imagem surreal do olho de uma tempestade tropical iluminado pelo intenso brilho de um relâmpago.

O olho da tempestade Bansi, numa imagem captada a partir da Estação Espacial Internacional, a 14 de janeiro de 2015.
Crédito: Samantha Cristoforetti (ESA).

A imagem foi captada a partir da Estação Espacial Internacional, a cerca de 407 km de altitude, e mostra o centro do ciclone tropical Bansi, uma violenta tempestade que, na semana passada, fustigou a região sudoeste do Oceano Índico, a poucas centenas de quilómetros da ilha Maurícia. O brilho do relâmpago revela a impressionante estrutura tridimensional do olho do ciclone - uma lacuna no denso manto de nuvens, com dezenas de quilómetros de diâmetro.

A tempestade Bansi vista da Estação Espacial Internacional, a 14 de janeiro de 2015. A imagem revela ainda uma estreita linha esverdeada cerca de 100 km acima da superfície terrestre - um fenómeno de quimioluminescência provocado pela recombinação química de átomos e moléculas de oxigénio e azoto fotoionizados durante o dia pela luz solar.
Crédito: Samantha Cristoforetti (ESA).

Bansi tem estado a perder força nos últimos dias, e já não exibe uma estrutura tão simétrica e um olho bem definido. Neste momento, a tempestade move-se para sudeste, em direção a águas mais frias, pelo que deverá dissipar-se por completo durante a próxima semana.

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