quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Perseidas 2009

Agosto é o mês da chuva de meteoros das Perseidas. Popularmente conhecidas por Lágrimas de S. Lourenço, em homenagem ao santo festejado a 10 de Agosto, as Perseidas ocorrem regularmente todos os anos entre meados de Julho e finais de Agosto. O fenómeno tem a sua origem na entrada a grande velocidade de pequenos meteoróides nas camadas superiores da atmosfera terrestre. A maioria são pequenos pedaços de rocha do tamanho de grãos de areia, que se tornam incandescentes devido à compressão e aquecimento da atmosfera na sua frente. A origem destes enxames de meteoróides é o cometa Swift-Tuttle, um cometa periódico cuja cauda cruza a órbita do nosso planeta.
Este ano o espectáculo poderá ser particularmente interessante, uma vez que a Terra terá um dos primeiros encontros com um denso filamento de poeiras cometárias libertado pelo cometa no ano 1610. A este facto junta-se a ocorrência de uma concentração anormalmente elevada de meteoróides, causada por perturbações gravitacionais do planeta Saturno no enxame principal. A feliz coincidência dos dois efeitos poderá produzir uma chuva com um máximo de 200 meteoros por hora, cerca do dobro da intensidade média observada em anos anteriores. Espera-se que o pico de actividade ocorra em pleno dia, entre as 09:00 e as 10:00 (hora de Lisboa) do dia 12 de Agosto.
Aos potenciais interessados neste evento sugere-se que escolham nas próximas noites um local longe das luzes da cidade (no campo ou na praia), estendam uma manta no chão, e pacientemente observem o céu a nordeste em direcção à constelação de Perseu, evitando olhar directamente para a Lua (que estará relativamente perto do ponto radiante na noite de maior actividade), sob pena de perderem a preciosa visão nocturna, necessária para visualizar os meteoros menos brilhantes.

Imagem representando o céu nocturno em direcção a nordeste, pelas 02:00 da madrugada (hora de Lisboa) do dia 12 de Agosto. Posicionada próxima do ponto radiante, a Lua poderá criar algumas dificuldades na observação de meteoros menos brilhantes, mesmo em locais com pouca poluição luminosa.
Crédito: Sérgio Paulino/Stellarium 0.10.0.

Sem comentários:

Enviar um comentário