Em Fevereiro de 1971, os astronautas da missão Apollo 14, Alan Shepard e Edgar Mitchell exploraram as terras altas de Fra Mauro, uma formação de colinas localizada a sul de Mare Imbrium, que se crê tenha sido formada por ejecta desta gigantesca bacia de impacto.
A missão rendeu cerca de 43 Kg de rochas e solos lunares de valor científico inestimável, e serviu para testar pela primeira vez, um pequeno carrinho de mão destinado ao transporte de material e amostras durante as duas EVA's (acrónimo inglês de actividade extra-veicular) na superfície lunar. A criteriosa escolha do local de alunagem permitiu ainda aos astronautas a obtenção de amostras de rocha ao longo do campo de ejecta da cratera Cone, uma profunda cratera de impacto situada a pouca distância do módulo lunar.
Este exercício realizado durante a segunda EVA da missão, produziu um conjunto de amostras representativas de uma secção estratigráfica completa das camadas geológicas subsuperficiais lunares expostas pelo impacto. A longa jornada que deveria ter sido concluída no bordo da cratera de 370 metros de diâmetro foi, no entanto, um duro teste de resistência para os astronautas na Lua.
Munidos de mapas pouco detalhados e com poucos pontos de referência que pudessem servir de orientação na monótona paisagem de Fra Mauro, Alan Shepard e Edgar Mitchell tiveram imensas dificuldades em encontrar o seu objectivo. Com reservas de oxigénio limitadas e com os batimentos cardíacos acelerados pela longa subida, os desapontados astronautas regressaram ao módulo lunar pouco antes de concluírem a caminhada até à cratera Cone. Na época, os responsáveis pela missão puderam apenas especular acerca da distância a que os dois astronautas teriam ficado do seu objectivo.
Paisagem lunar no flanco da cratera Cone.
Crédito: JSC/NASA.
Rocha Saddle, formação rochosa em forma de sela de cavalo, situada perto do bordo da cratera Cone.
Crédito: JSC/NASA.
As recentes imagens do local de alunagem da Apollo 14 obtidas pela sonda americana Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), esclarecem no entanto, ao fim de 38 anos, o quanto perto os dois americanos estiveram de concluírem com sucesso a sua caminhada até à cratera Cone. Os rastos deixados pelas suas pegadas e pelas rodas do carrinho de mão que transportaram em direcção à cratera, páram subitamente a cerca de 30 metros do bordo; demasiado perto para maior frustração de Alan Shepard e Edgar Mitchell, mas sem reflexo no valor científico das amostras recolhidas.
Imagem anotada do local de alunagem da Apollo 14, obtida recentemente pela sonda LRO. Os rastos da longa caminhada dos astronautas até à cratera Cone encontram-se evidenciados por pequenas setas brancas.
Crédito: NASA/Goddard Space Flight Center/Arizona State University (anotações: Sérgio Paulino).
A missão rendeu cerca de 43 Kg de rochas e solos lunares de valor científico inestimável, e serviu para testar pela primeira vez, um pequeno carrinho de mão destinado ao transporte de material e amostras durante as duas EVA's (acrónimo inglês de actividade extra-veicular) na superfície lunar. A criteriosa escolha do local de alunagem permitiu ainda aos astronautas a obtenção de amostras de rocha ao longo do campo de ejecta da cratera Cone, uma profunda cratera de impacto situada a pouca distância do módulo lunar.
Este exercício realizado durante a segunda EVA da missão, produziu um conjunto de amostras representativas de uma secção estratigráfica completa das camadas geológicas subsuperficiais lunares expostas pelo impacto. A longa jornada que deveria ter sido concluída no bordo da cratera de 370 metros de diâmetro foi, no entanto, um duro teste de resistência para os astronautas na Lua.
Munidos de mapas pouco detalhados e com poucos pontos de referência que pudessem servir de orientação na monótona paisagem de Fra Mauro, Alan Shepard e Edgar Mitchell tiveram imensas dificuldades em encontrar o seu objectivo. Com reservas de oxigénio limitadas e com os batimentos cardíacos acelerados pela longa subida, os desapontados astronautas regressaram ao módulo lunar pouco antes de concluírem a caminhada até à cratera Cone. Na época, os responsáveis pela missão puderam apenas especular acerca da distância a que os dois astronautas teriam ficado do seu objectivo.
Paisagem lunar no flanco da cratera Cone.
Crédito: JSC/NASA.
Rocha Saddle, formação rochosa em forma de sela de cavalo, situada perto do bordo da cratera Cone.
Crédito: JSC/NASA.
As recentes imagens do local de alunagem da Apollo 14 obtidas pela sonda americana Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), esclarecem no entanto, ao fim de 38 anos, o quanto perto os dois americanos estiveram de concluírem com sucesso a sua caminhada até à cratera Cone. Os rastos deixados pelas suas pegadas e pelas rodas do carrinho de mão que transportaram em direcção à cratera, páram subitamente a cerca de 30 metros do bordo; demasiado perto para maior frustração de Alan Shepard e Edgar Mitchell, mas sem reflexo no valor científico das amostras recolhidas.
Imagem anotada do local de alunagem da Apollo 14, obtida recentemente pela sonda LRO. Os rastos da longa caminhada dos astronautas até à cratera Cone encontram-se evidenciados por pequenas setas brancas.
Crédito: NASA/Goddard Space Flight Center/Arizona State University (anotações: Sérgio Paulino).
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