sábado, 29 de agosto de 2015

Um cometa no periélio

O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko visto pela sonda Rosetta, a 22 de agosto de 2015 (resolução da imagem: 29,3 metros/píxel).
Crédito: ESA/Rosetta/NavCam.

No dia 13 de agosto, a Rosetta testemunhou a passagem do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pelo periélio - o ponto na sua órbita mais próximo do Sol. Na altura, o cometa encontrava-se a 186 milhões de quilómetros de distância da nossa estrela (aproximadamente a meio caminho entres as órbitas da Terra e de Marte).

67P é um cometa periódico com um período orbital de 6,45 anos. Desde a sua chegada, há pouco mais de um ano, a Rosetta tem observado um aumento significativo da atividade na superfície gelada do cometa. À medida que o cometa se aproxima do Sol, a sua superfície é exposta a uma intensidade crescente de radiação solar, o que promove o aquecimento e sublimação dos gelos aprisionados nas camadas mais superficiais do núcleo. Estes gases irrompem violentamente na superfície, arrastando consigo uma miríade de partículas de poeira.

A imagem de cima foi captada pela sonda europeia 9 dias depois do periélio e revela o que aparenta ser um aumento súbito da atividade numa pequena área localizada entre Imhotep e Kephry, no lobo maior do núcleo do cometa. Estes picos de atividade têm sido relativamente frequentes nas semanas que rodeiam o periélio, pelo que os cientistas da missão têm estado atarefados a analisar os dados recolhidos pela Rosetta com o objetivo de compreenderem a natureza destes eventos. Estas leituras têm estado a ser complementadas com observações astronómicas realizadas através de telescópios na superfície e na órbita da Terra, para se perceber qual o impacto global destes eventos na cabeleira do cometa.

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