O pólo sul de Reia com Dione e os anéis como pano de fundo, um cenário observado pela Cassini no final do encontro com Reia a 11 de Janeiro de 2011. A imagem foi construída com outras quatro captadas através de filtros de infravermelho próximo (752 nm), verde (568 nm), ultra-violeta (338 nm) e de espectro contínuo (filtro de espectro alargado, do ultra-violeta até ao infra-vermelho próximo, centrado a 611 nm).
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/composição a cores de Emily Lakdawalla.
A passagem da Cassini por Reia, no passado dia 11 de Janeiro, deu origem a um interessante grupo de imagens que eu vos aconselho vivamente a explorar. A sonda sobrevoou a superfície da segunda maior lua do sistema saturniano a uma altitude de apenas 75,9 km no seu ponto de maior aproximação, o que permitiu a recolha de imagens de alta resolução da acidentada topografia reiana.
O encontro terminou com a captação de um conjunto de imagens do pólo sul de Reia, enquadradas por um cenário onde se cruzaram os anéis e algumas luas de Saturno. Numa das imagens, a sonda Cassini conseguiu reunir no mesmo retrato 5 luas: Reia, o alvo do encontro, e outras 4 mais distantes (tentem identificá-las na imagem em baixo).
5 luas saturnianas e os anéis. Imagem captada pela câmara de grande angular da sonda Cassini a 11 de Janeiro de 2011. Reia aparece acompanhada de Dione (logo abaixo), Tétis (em baixo, do lado direito), Prometeu (quase invisível no meio dos anéis, do lado direito de Dione) e Epimeteu (pairando entre Reia e Tétis).
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/Sérgio Paulino.
Par de imagens captadas pela sonda Cassini durante o encontro com Reia a 11 de Janeiro de 2011. A imagem da esquerda foi captada pela câmara de ângulo fechado e corresponde a um pormenor de uma profunda cratera de Reia adornada com um sulco. A mesma estrutura é visível no centro da imagem da direita. Esta segunda imagem foi captada pela câmara de grande angular que, embora tenha dez vezes o campo de visão da câmara de ângulo fechado, tem apenas 1/10 da sua resolução.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute.
Depois do encontro com Reia, a Cassini voltou-se para a face de Saturno em busca da gigantesca tempestade que desde o início de Dezembro assola as latitudes médias do hemisfério norte. As imagens recolhidas mostram que as grandes nuvens esbranquiçadas se expandiram bastante nas últimas duas semanas, ocupando uma faixa bem delimitada na atmosfera superior do planeta.
A recente tempestade no hemisfério norte de Saturno numa sequência de 5 imagens captadas pela Cassini na banda do infra-vermelho próximo (752 nm), a 11 de Janeiro de 2011.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/montagem de Sérgio Paulino.
Mosaico construído com duas imagens captadas pela sonda Cassini a 12 de Janeiro de 2011, mostrando o aspecto da tempestade numa das bandas de absorção de luz do metano (infra-vermelho próximo, a 890 nm). Reparem também na cintura brilhante no equador do planeta, uma estrutura que se mantém visível desde o passado equinócio de Agosto de 2009.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/Sérgio Paulino.
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