O campo de visão do observatório Kepler (cerca de 1/400 da área total do céu) com os novos candidatos a planetas extra-solares identificados de acordo com o seu tamanho (vermelho: gigantes gasosos semelhantes a Júpiter; laranja: planetas com tamanhos semelhantes ao de Neptuno; verde: super-Terras; azul: planetas com tamanhos semelhantes ao da Terra).
Crédito: NASA/Wendy Stenzel.
A NASA anunciou ontem a espantosa descoberta de 1.235 candidatos a planetas extra-solares pela missão Kepler. Os novos objectos foram detectados durante os primeiros 4 meses de actividade científica do observatório espacial e, caso se confirme a sua presença, corresponderão a mais do dobro dos exoplanetas até agora descobertos. Entre os novos candidatos contam-se 19 objectos maiores que Júpiter, 165 com tamanhos semelhantes ao do gigante Júpiter, 662 com tamanhos semelhantes ao de Neptuno, 288 super-Terras e 68 com tamanhos aproximados ao da Terra. Curiosamente, dos 54 candidatos que ocupam órbitas na zona habitável das respectivas estrelas, 5 são, provavelmente, planetas telúricos com dimensões semelhantes à da Terra!
As detecções dos novos candidatos foram realizadas através de trânsitos nas estrelas hospedeiras e deverão ser confirmadas no futuro pelo método da velocidade radial. A confirmação dos candidatos com órbitas na zona habitável demorará, no entanto, alguns anos, devido, principalmente, aos longos períodos orbitais e respectivas pequenas massas desses objectos, que arrastarão as técnicas de detecção por velocidade radial ao seu limite.
Gráfico com o sumário dos planetas extra-solares descobertos pela missão Kepler. No eixo dos xx está uma escala logarítmica dos períodos orbitais em dias terrestres. No eixo dos yy está uma escala logarítmica dos tamanhos (1 = diâmetro da Terra). Marcados a roxo estão todos os 91 planetas extra-solares detectados pelo método dos trânsitos, incluindo os 11 situados na área do céu observada pelo Kepler. A azul escuro e a amarelo estão identificados os candidatos a planetas extra-solares detectados pelo Kepler. Os primeiros correspondem aos 312 anunciados em Junho de 2010.
Crédito: NASA/Wendy Stenzel.
De todas as estrelas com candidatos a planetas extra-solares, a equipa identificou 170 com evidências claras de possuirem um sistema planetário múltiplo. Numa das estrelas, foi confirmada a presença de 6 planetas que no conjunto formam um dos mais bizarros sistemas planetários até hoje descobertos. A estrela hospedeira, Kepler-11, situa-se a cerca de 2.000 anos-luz da Terra e é uma estrela de tipo espectral G com cerca de 8 mil milhões de anos de idade (com características físicas semelhantes às do Sol mas mais velha).
Representação artística do sistema planetário de Kepler-11.
Crédito: NASA/Tim Pyle.
A detecção dos 6 novos objectos só foi possível devido ao perfeito alinhamento das respectivas órbitas no mesmo plano, o que permitiu a observação e a medição precisa dos tempos de trânsito pelo Kepler. A confirmação da sua presença foi assegurada não só pelo estudo da velocidade radial de Kepler-11, como também pela forma consistente como a interacção gravitacional dos 6 planetas se reflecte na alteração dos períodos de trânsito. Este último efeito é ampliado pela forma como as órbitas se encontram distribuídas. De facto, o sistema planetário de Kepler-11 é incrivelmente compacto, ocupando um espaço correspondente no Sistema Solar ao interior da órbita de Vénus!
As órbitas dos 6 novos planetas de Kepler-11 comparadas com as órbitas dos dois planetas interiores do Sistema Solar.
Crédito: NASA/Tim Pyle.
A estrutura interna dos 6 planetas é outro dos aspectos interessantes deste sistema. Todos os planetas de Kepler-11 têm tamanhos superiores ao da Terra, e deverão ser uma mistura impressionante de rochas e gases, onde se inclui provavelmente a água. Os materiais rochosos corresponderão, certamente, aos seus principais constituintes, apesar dos gases ocuparem a maior parte dos respectivos volumes.
Comparação dos tamanhos de alguns dos planetas extra-solares descobertos pela missão Kepler, incluindo os novos planetas de Kepler-11, com os tamanhos de Júpiter e da Terra.
Crédito: NASA/Wendy Stenzel.
Os cinco planetas interiores têm massas de 4,1, 13,5, 6,1, 8,4 e 2,3 vezes a massa da Terra, e períodos orbitais inferiores a 50 dias. A massa de Kepler-11g, o planeta mais exterior, não é conhecida com exactidão mas deverá ser inferior a 95% da massa de Júpiter. Consultem esta página para mais informações dos parâmetros físicos e orbitais do sistema.
Crédito: NASA/Wendy Stenzel.
A NASA anunciou ontem a espantosa descoberta de 1.235 candidatos a planetas extra-solares pela missão Kepler. Os novos objectos foram detectados durante os primeiros 4 meses de actividade científica do observatório espacial e, caso se confirme a sua presença, corresponderão a mais do dobro dos exoplanetas até agora descobertos. Entre os novos candidatos contam-se 19 objectos maiores que Júpiter, 165 com tamanhos semelhantes ao do gigante Júpiter, 662 com tamanhos semelhantes ao de Neptuno, 288 super-Terras e 68 com tamanhos aproximados ao da Terra. Curiosamente, dos 54 candidatos que ocupam órbitas na zona habitável das respectivas estrelas, 5 são, provavelmente, planetas telúricos com dimensões semelhantes à da Terra!
As detecções dos novos candidatos foram realizadas através de trânsitos nas estrelas hospedeiras e deverão ser confirmadas no futuro pelo método da velocidade radial. A confirmação dos candidatos com órbitas na zona habitável demorará, no entanto, alguns anos, devido, principalmente, aos longos períodos orbitais e respectivas pequenas massas desses objectos, que arrastarão as técnicas de detecção por velocidade radial ao seu limite.
Gráfico com o sumário dos planetas extra-solares descobertos pela missão Kepler. No eixo dos xx está uma escala logarítmica dos períodos orbitais em dias terrestres. No eixo dos yy está uma escala logarítmica dos tamanhos (1 = diâmetro da Terra). Marcados a roxo estão todos os 91 planetas extra-solares detectados pelo método dos trânsitos, incluindo os 11 situados na área do céu observada pelo Kepler. A azul escuro e a amarelo estão identificados os candidatos a planetas extra-solares detectados pelo Kepler. Os primeiros correspondem aos 312 anunciados em Junho de 2010.
Crédito: NASA/Wendy Stenzel.
De todas as estrelas com candidatos a planetas extra-solares, a equipa identificou 170 com evidências claras de possuirem um sistema planetário múltiplo. Numa das estrelas, foi confirmada a presença de 6 planetas que no conjunto formam um dos mais bizarros sistemas planetários até hoje descobertos. A estrela hospedeira, Kepler-11, situa-se a cerca de 2.000 anos-luz da Terra e é uma estrela de tipo espectral G com cerca de 8 mil milhões de anos de idade (com características físicas semelhantes às do Sol mas mais velha).
Representação artística do sistema planetário de Kepler-11.
Crédito: NASA/Tim Pyle.
A detecção dos 6 novos objectos só foi possível devido ao perfeito alinhamento das respectivas órbitas no mesmo plano, o que permitiu a observação e a medição precisa dos tempos de trânsito pelo Kepler. A confirmação da sua presença foi assegurada não só pelo estudo da velocidade radial de Kepler-11, como também pela forma consistente como a interacção gravitacional dos 6 planetas se reflecte na alteração dos períodos de trânsito. Este último efeito é ampliado pela forma como as órbitas se encontram distribuídas. De facto, o sistema planetário de Kepler-11 é incrivelmente compacto, ocupando um espaço correspondente no Sistema Solar ao interior da órbita de Vénus!
As órbitas dos 6 novos planetas de Kepler-11 comparadas com as órbitas dos dois planetas interiores do Sistema Solar.
Crédito: NASA/Tim Pyle.
A estrutura interna dos 6 planetas é outro dos aspectos interessantes deste sistema. Todos os planetas de Kepler-11 têm tamanhos superiores ao da Terra, e deverão ser uma mistura impressionante de rochas e gases, onde se inclui provavelmente a água. Os materiais rochosos corresponderão, certamente, aos seus principais constituintes, apesar dos gases ocuparem a maior parte dos respectivos volumes.
Comparação dos tamanhos de alguns dos planetas extra-solares descobertos pela missão Kepler, incluindo os novos planetas de Kepler-11, com os tamanhos de Júpiter e da Terra.
Crédito: NASA/Wendy Stenzel.
Os cinco planetas interiores têm massas de 4,1, 13,5, 6,1, 8,4 e 2,3 vezes a massa da Terra, e períodos orbitais inferiores a 50 dias. A massa de Kepler-11g, o planeta mais exterior, não é conhecida com exactidão mas deverá ser inferior a 95% da massa de Júpiter. Consultem esta página para mais informações dos parâmetros físicos e orbitais do sistema.
meus parabéns! blog explendido
ResponderEliminarContinue assim. Gostei demais
Ajudou no meu trabalho :B
ResponderEliminarLindo demais! Isso mostra-nos o grande e maravilhoso poder de Deus, que não somente criou tudo mas como também mantém toda essa imensidão sobre suas mãos poderosas.
ResponderEliminarOlá,
EliminarA missão Kepler foi obra do ser humano. Os seus resultados são um produto da Ciência. ;)