Retrato de Titã em cores naturais. Composição construída com três imagens obtidas a 16 de Dezembro de 2011 pela sonda Cassini, através de filtros para as cores azul, verde e vermelho.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/composição a cores de Sérgio Paulino.
A atmosfera de Titã é única no Sistema Solar. Apesar de ser constituída quase na totalidade por azoto e metano (respectivamente, 95,0% e 4,9% na troposfera inferior), alberga uma variedade impressionante de outros compostos moleculares. Na sua viagem até à superfície titaniana, a sonda Huygens conseguiu detectar quantidades vestigiais de hidrogénio, árgon, monóxido de carbono, ácido cianídrico, dióxido de carbono e vapor de água, bem como mais de vinte outros compostos orgânicos, contando-se entre os mais abundantes: o etano, o acetileno, o propano, o etileno, o metilacetileno, o acetonitrilo, o cianoacetileno, o diacetileno, o dinitrilo e o benzeno. Toda esta riqueza química tem origem na destruição das moléculas de metano na termosfera titaniana, pela acção da radiação ultravioleta, dos raios cósmicos e das partículas do vento solar aprisionadas e aceleradas pelo campo magnético de Saturno.
No entanto, nenhuma destas moléculas é responsável pela distinta cortina alaranjada que oculta a superfície de Titã. A mesma fábrica química que destrói o metano nas camadas mais elevadas da atmosfera, produz um grupo enigmático de moléculas complexas conhecidos por tolinas, que formam uma fina névoa azulada logo acima da estratosfera. Desconhece-se a estrutura química destes compostos, mas a sua precipitação para as camadas atmosféricas mais baixas poderá estar na origem da neblina alaranjada de Titã, provavelmente pela sua transformação química em compostos mais complexos, tais como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/composição a cores de Sérgio Paulino.
A atmosfera de Titã é única no Sistema Solar. Apesar de ser constituída quase na totalidade por azoto e metano (respectivamente, 95,0% e 4,9% na troposfera inferior), alberga uma variedade impressionante de outros compostos moleculares. Na sua viagem até à superfície titaniana, a sonda Huygens conseguiu detectar quantidades vestigiais de hidrogénio, árgon, monóxido de carbono, ácido cianídrico, dióxido de carbono e vapor de água, bem como mais de vinte outros compostos orgânicos, contando-se entre os mais abundantes: o etano, o acetileno, o propano, o etileno, o metilacetileno, o acetonitrilo, o cianoacetileno, o diacetileno, o dinitrilo e o benzeno. Toda esta riqueza química tem origem na destruição das moléculas de metano na termosfera titaniana, pela acção da radiação ultravioleta, dos raios cósmicos e das partículas do vento solar aprisionadas e aceleradas pelo campo magnético de Saturno.
No entanto, nenhuma destas moléculas é responsável pela distinta cortina alaranjada que oculta a superfície de Titã. A mesma fábrica química que destrói o metano nas camadas mais elevadas da atmosfera, produz um grupo enigmático de moléculas complexas conhecidos por tolinas, que formam uma fina névoa azulada logo acima da estratosfera. Desconhece-se a estrutura química destes compostos, mas a sua precipitação para as camadas atmosféricas mais baixas poderá estar na origem da neblina alaranjada de Titã, provavelmente pela sua transformação química em compostos mais complexos, tais como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.
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