Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA.
A Dawn tem estado a enviar imagens cada vez mais nítidas da superfície de Vesta. A última imagem divulgada pela equipa da missão mostra já várias crateras com algumas dezenas de quilómetros de diâmetro e grandes áreas de terreno aparentemente mais plano. Mas o que mais me impressionou foi o grande maciço rochoso que se eleva na região do pólo sul, no interior da gigantesca cratera de 460 quilómetro de diâmetro que domina todo o hemisfério sul. Observado pela primeira vez pelo telescópio Hubble, esta colossal montanha promete ser um dos principais focos de interesse da missão.
No início deste ano foi publicado um curioso artigo na revista Geophysical Research Letters que explica a formação desta cratera e do seu pico central, e a sua influência na aparência global de Vesta. Baseados na análise de simulações computorizadas tridimensionais com condições iniciais únicas, os autores determinaram que a gigantesca estrutura foi moldada pelo impacto oblíquo de um objecto com 50 quilómetros de diâmetro a uma velocidade de 5 km.s-1. Podem encontrar aqui uma belíssima revisão deste trabalho (em inglês) e em baixo, duas espectaculares animações ilustrando o impacto e a consequente distribuição de ejecta.
A formação de uma gigantesca cratera no pólo sul de Vesta segundo o modelo de Martin Jutzi e Eric Asphaug.
Crédito: Martin Jutzi.
Distribuição do ejecta após o impacto.
Crédito: Martin Jutzi.
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